Nesta fotografia, o momento em que li a mensagem enviada por Carlos Arinto |
SAUDAÇÃO AOS PARTICIPANTES.
EXORTAÇÃO!
Participo nas quatro
antologias que agora são editadas pelo Isidro Sousa, nas suas edições Sui
Generis.
Impossibilitado de
estar presente, por motivos profissionais e pessoais, quero lançar um repto a
todos os autores: “os presentes e os ausentes” continuem a escrever!
Escrever é um acto de
coragem e uma prova de vida. Se o fazemos bem, com qualidade, se temos
importância ou somos apenas nós... que alguém se pronuncie, pois não são
questões que devam preocupar quem escreve.
Temos de procurar
colocar em palavras – em texto, em narrativa, em poesia, em conto ou romance –
o que somos, o que experimentamos, o que vivemos, se possível com a ousadia de
caracterizar uma época, uma realidade e um tempo, com as reflexões que nos
colhem os pensamentos.
Esperando que outros
nos leiam.
Esperando que o tempo
possa ser juiz e sentença.
Esperando que
sobrevivamos, em gerações futuras, em prazer de outros leitores, que nos possam
descobrir e ler.
Esperando que as
antologias sirvam para mostrar que existimos e que fazemos Portugal.
Não tenhamos a
veleidade de sermos escritores, nem poetas, mas apenas artesãos da escrita.
Saúdo a coragem de quem
edita, nos tempos difíceis em que vivemos (numa onda de livros e de edições que
não chegam ao mercado) onde faltam leitores e poder de compra.
Por isso, abençoados os
que insistem em editar em papel.
Benditos os que
continuam a escrever no papel e a ler no papel.
E a fazer obra! Mais do
que a sonhar, a fazer!
Porque escrever é fazer
arte, história, sonho, magia.
É registar em fragmento
o etéreo, a alma e a eternidade.
É manipular a palavra
para dela extrair o supremo.
A todos os que colaboram
nas antologias agora em apresentação quero expressar uma solidariedade de
caminho em que gostaria de ser companheiro, amigo e confidente.
Irei ler a todos e a
todos agradecer os momentos de reflexão e de deleite que certamente não
deixarão de me proporcionar, mesmo que discorde do que escrevem ou considerar
que são muito diferentes – até opostos – de mim. (no formato, no estilo e no
pensamento)
A diversidade é uma
riqueza e no contraste existe a criação e o belo.
Se quiserem criticar os
meus contos e textos, ou emitir opinião, façam-no! Todos serão bem-vindos e a
todos responderei com os argumentos que puder colher para que em conjunto todos
e cada um possamos ser os que se preocupam, os que escrevem, os que fazem.
Aprendendo uns com os
outros e sendo voz de portugueses, brasileiros ou africanos, interessados em
trabalhar e engrandecer a língua portuguesa, na riqueza do seu vocabulário, mas
também nas fecundidades dos rios de imagens e histórias que cristalizam o hoje,
na escrita em coletivo.
CARLOS ARINTO
04.06.2017
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