30 setembro, 2015

A BÍBLIA DOS PECADORES - CARTAZES DE SETEMBRO

Tal como sucedeu durante o passado mês de Agosto, ao longo deste mês fiz, igualmente, divulgação diária da antologia «A Bíblia dos Pecadores» nas redes sociais. Eis os diferentes cartazes que circularam na Internet durante o mês de Setembro...




























29 setembro, 2015

BOAS FESTAS - CARTAZES DE SETEMBRO

No dia 16 de Setembro, tornei público o novo projecto literário que estou a organizar, sendo o primeiro na Silkskin Editora desde que assumi funções, no início de Setembro, como Coordenador de Projectos Literários. Trata-se de uma nova antologia intitulada «Boas Festas», que inclui Prosa e Poesia e é dedicada à (próxima) quadra natalícia. Seguindo a mesma estratégia que apliquei para a divulgação da antologia «A Bíblia dos Pecadores», «Boas Festas» teve, também, honras de cartazes (quase) diários nas redes sociais. Eis aqui todos os cartazes que circularam na Internet durante a segunda quinzena de Setembro...















26 setembro, 2015

BOAS FESTAS - REGULAMENTO



BOAS FESTAS

Antologia de Natal
Prosa & Poesia


Boas festas no Natal, boas festas no Ano Novo, boas festas nos Reis ou onde você desejar. Venha festejar connosco! Festeje na Prosa, festeje na Poesia, festeje como preferir... Mas vamos celebrar (todos juntos) o próximo Natal.

Este projecto literário visa seleccionar textos inéditos, ambientados no Natal, para publicá-los sob a forma de um livro. Desejamos reunir histórias de «Boas Festas» (ou festas felizes) repletas de amor, emoção, paixão e sensualidade...

O organizador/coordenador Isidro Sousa e a Silkskin Editora convidam todos os Autores interessados em participar nesta Antologia a escreverem uma nova história, uma trama de que gostem, no género literário que desejem (conto, crónica e/ou dois poemas), inspirada na época natalícia ou dedicada à quadra natalícia. Todos os Autores são bem-vindos, incluindo Autores Lusófonos, bem como aqueles (menores de 18 anos de idade carecem de autorização familiar) que escrevem para a gaveta e nunca ousaram publicar... Eis a oportunidade da vossa estreia literária numa grandiosa obra colectiva!


Participe com Prosa e Poesia.
Se preferir, participe só com Prosa ou só com Poesia.
Mas participe... e Boas Festas!


Leia atentamente o Regulamento e não hesite em contactar a Editora ou o Coordenador para dissipar qualquer dúvida. E então, vamos lá?



REGULAMENTO | CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO


1.   «Boas Festas» é um projecto literário da Silkskin Editora, organizado e coordenado por Isidro Sousa, que visa seleccionar textos inéditos, escritos na Língua Portuguesa, de Autores Lusófonos, independentemente das suas raças, crenças, orientações sexuais e identidades de género, para serem publicados num livro. Só se aceitam participações que obedeçam a este Regulamento. A utilização do Acordo Ortográfico é facultativa.

2.   Cada Autor pode apresentar 1 (um) texto em Prosa – conto ou crónica –com o mínimo de 1 (uma) e o limite de 6 (seis) páginas A4 e 2 (dois) Poemas que ocupem no máximo, cada um, uma página A4. O Autor tem a opção de participar somente com Prosa ou somente com Poesia. Os textos (revisados pelos Autores) devem ser digitados no Word, Times New Roman, letra tamanho 12, espaçamento simples entre linhas e parágrafos. Rejeitam-se formatos de apresentação que sejam diferentes do Word.

3.   Os contos, crónicas e poemas a serem apresentados não obedecem a um tema específico, mas devem ser ambientados na época natalícia (Natal, Réveillon, Reis, etc.) e conter, como ingredientes preferenciais, Emoção e Sensualidade. O desenvolvimento dos mesmos fica a critério dos Autores. «Boas Festas» não é um projecto Erótico, porém, os textos podem conter Erotismo enquanto forma de arte, desde que devidamente enquadrado no contexto. Textos exclusivamente eróticos serão desconsiderados.

4.   Os textos devem ter títulos próprios (diferentes do nome da Antologia) e ser enviados para o email silkskineditora@gmail.com, com a referência «Boas Festas» na linha de assunto, até ao dia 31 de Outubro de 2015. Os Autores podem assinar os seus textos com Nome ou Pseudónimo, devem declarar no corpo do email que aceitam as condições do Regulamento (caso contrário, as participações serão desconsideradas) e enviar uma nota biográfica (até 10 linhas), endereço de email e contacto telefónico.

5.   A selecção dos textos será efectuada pelo Organizador e o resultado da selecção será divulgado num prazo máximo de duas semanas, após a data limite para recepção dos trabalhos. Todos os passos efectuados na produção desta obra colectiva (ou eventuais alterações ao Regulamento) serão sempre comunicados aos Autores intervenientes.

6.   Não existe taxa de participação. No entanto, Autores seleccionados com...
– Prosa e Poesia – devem adquirir 3 (três) exemplares da obra finalizada.
– Só com Prosa – devem adquirir 2 (dois) exemplares da obra finalizada.
– Só com Poesia – devem adquirir 1 (um) exemplar da obra finalizada.
O PVP (preço de venda ao público) da Antologia será definido, após a selecção dos textos, pela Editora, tendo em conta o número de páginas do livro a ser editado. Autores participantes podem adquirir todos os exemplares que pretenderem, sempre com desconto de 15% sobre o PVP.

7.   O pagamento dos livros será efectuado, por transferência bancária, num prazo máximo de duas semanas após a divulgação dos textos seleccionados (indicaremos os dados necessários, por email, a cada um) e os Autores devem enviar à Editora um comprovativo de pagamento para que o mesmo seja validado. Os exemplares adquiridos serão entregues durante a sessão de apresentação da obra finalizada e enviados por CTT, após essa data, a quem não estiver presente no lançamento – aos envios para fora de Portugal acrescem as despesas dos Correios.

8.   A não liquidação dos respectivos exemplares no prazo estipulado significa incumprimento do Autor e implica a exclusão imediata dos seus textos, salvo situações excepcionais previamente justificadas. Se não for possível excluir essas participações (por razões de paginação do livro em estado avançado ou já em fase de pré-impressão), o Autor incumpridor fica inibido de participar em quaisquer outros projectos literários da Silkskin Editora até que regularize a sua situação. Esta inibição pode estender-se aos projectos promovidos por todas as editoras do Grupo Múltiplas Histórias – decisão a critério da Editora Executiva, Teresa Maria Queiroz.

9.   O envio de um texto para o email da Editora implica (automaticamente) a aceitação de todas as normas deste Regulamento e a autorização dos direitos de publicação na antologia «Boas Festas», sem qualquer outra contrapartida além do desconto de 15% nos exemplares adquiridos pelos Autores desta obra colectiva. A cedência de publicação será confirmada com a Transferência Bancária, do valor correspondente à aquisição dos livros, para o NIB que será posteriormente indicado – não havendo, desse modo, necessidade de preencher qualquer documento formal, excepto a declaração no email (referida no Ponto 4) atestando que aceitam as condições do Regulamento. A Editora não reserva a exclusividade ou os direitos dos trabalhos editados. Cada Autor pode utilizar os seus textos noutras publicações que julgue pertinentes.

10.       Recomenda-se que os Autores adiram ao grupo «Antologias Sui Generis» (no Facebook) através do qual o Coordenador se manterá em contacto permanente com todos os participantes. Para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais, devem contactar a Editora por email.


Desde já, estão todos convidados a participar.
Esperamos os vossos textos, as vossas histórias, os vossos poemas...
Sejam bem-vindos. Bom trabalho e... Boas Festas!


BOAS FESTAS

Organização e Coordenação: Isidro Sousa
Editora Executiva: Teresa Maria Queiroz
Edição: Silkskin Editora | Grupo Múltiplas Histórias


CONTACTOS

Página da Editorawww.facebook.com/silkskineditora
Página do Organizadorwww.facebook.com/isidro.sousa.2
Blogue do Organizadorhttp://isidelirios.blogspot.pt


SOBRE O ORGANIZADOR

Isidro Sousa coordena todos os (novos) projectos literários da Silkskin Editora, desde o passado dia 1 de Setembro. Editou a revista Korpus durante 12 anos (1996/2008), da qual foi o principal redactor. Dirigiu o jornal Púbico (2008/2012), produziu guias turísticos, colaborou com outras publicações periódicas e organizou a «1ª Antologia de Literatura Homoerótica Portuguesa» (2001). Tem participações registadas (prosa e poesia) em duas dezenas de antologias e colectâneas de diversas editoras (Portugal e Brasil) e editará brevemente o seu primeiro romance. Em Julho de 2015, foi distinguido com o 2º Prémio Literário no concurso «Quando o Amor é Cego» da Papel D’Arroz Editora e está a organizar a antologia «A Bíblia dos Pecadores», que será publicada pela Pastelaria Studios Editora. «Boas Festas» é o seu mais recente desafio, sendo a terceira antologia literária que organiza e coordena.


INFORMAÇÃO ADICIONAL

Encontra-se em curso o projecto «A Bíblia dos Pecadores», uma antologia de textos literários (somente em Prosa... contos, crónicas e prosa poética) inspirados nas histórias da Bíblia, com organização e coordenação a cargo de Isidro Sousa. O prazo para submissão de textos termina no dia 5 de Outubro de 2015. Se deseja participar neste projecto, consulte o Regulamento no Blogue do Organizador e envie o seu texto para o email: xy.910850210@gmail.com

18 setembro, 2015

«NOSTALGIA NO SEU MELHOR...»



As emoções que uma fotografia proporciona! O poder que tem uma simples imagem! Perdoem-me os outros amigos: escrevo este post especialmente aos meus amigos de infância e adolescência que não vejo há quase vinte e cinco anos...


Como já é do vosso conhecimento, enviei a foto da entrada da «nossa» escola, a (antiga) Escola Secundária de Moimenta da Beira, entretanto demolida, à professora Ondina Freixo. Ela teve a gentileza de a partilhar na sua página e as reacções não tardaram a surgir... Vocês sabem tão bem quanto eu! Manifestações de saudade, fortes emoções… (Mais uma vez lhe agradeço, professora!). Atrevo-me a transcrever algumas frases: «Escola como esta não há...», «Ainda só sonhava vir a estudar nesta escola, já a frequentava como ninguém...», «Momentos da nossa infância que jamais serão esquecidos...», «Melhor escola que esta nunca vai haver... Tinha magia e mística em cada canto e em cada esquina...», «Na minha memória perdurará para sempre um local encantado... que já não existe...», «Todo o ambiente dessa Escola era muito diferente dos dias de hoje. A cumplicidade entre alunos e professores perdeu-se um pouco... Mas estas memórias ajudam-nos a entender que todos tivemos uma esplêndida Juventude…», «Imensas recordações dessa entrada…», «Nostalgia no seu melhor...» (Desculpa, Pedro: faço desta frase título do texto).



Consequentemente, os reencontros através do Facebook. Imensos, prazenteiros, calorosos! Os pedidos de amizade, as conversas em chat privado, o «cuscar» páginas de uns e blogues de outros, até chamadas telefónicas... Nas últimas 24/48 horas, outra coisa não fiz senão matar saudades, reviver o passado, conversar, conversar, conversar... mal consegui cumprir as obrigações a que me propus! E o desafio que me lançam, o novo desafio... Sim, contem com isso, mas haja paciência. Será um prazer... uma honra! Aquela biblioteca espera por mim, chama por mim... eu era o «ratinho» que deslizava e revirava as suas velhas estantes. A Senhora Dona Isabel (minha querida amiga de toda uma vida) que o diga...

Mas permitam falar-lhes sobre a minha vida nestes longos anos de ausência. Um resumo. Desapareci de Moimenta da Beira logo após concluir o 12º ano. Muitos lembrar-se-ão que trabalhei, no Verão de 1991, nas bombas de gasolina do Sr. Albertinho (ainda vive?). No Verão seguinte, fiz uma formação (para Monitor de Informática) em Lisboa, nos Pupilos do Exército. Dei aulas no Centro InforJovem (na Casa das Guedes) de Moimenta da Beira, durante o estágio. Em 1993 mudei-me para Lamego (um ano no Solar do Espírito Santo, junto à escadaria dos Remédios) e em meados de 1994 abalei para o Porto. Vivi durante quatro anos na Cidade Invicta; trabalhei no Aeroporto de Pedras Rubras (hotelaria), no Continente da Senhora da Hora (hotelaria), no Banco Português do Atlântico (informática) e em 1996 fundei e desenvolvi o primeiro projecto editorial (jornalismo)... uma revista trimestral que durou 12 anos e fez-me percorrer as principais cidades do País: Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Setúbal, Faro, Albufeira, Vilamoura, Lagos, Portimão, etc. Viajava em trabalho, mas passei momentos maravilhosos em todas as cidades. Pelo meio, temporadas em Barcelona e na Madeira. Mudei-me para Lisboa em Junho de 1998, mal a Expo’98 foi inaugurada, onde resido até hoje. Na Capital, estabilizei – dificilmente sairei de cá. Adoro Lisboa! Trabalhei na redacção de uma editora, dirigi também um jornal, colaborei com diversas publicações e publiquei uma antologia (em 2001, com o patrocínio da Câmara de Lisboa). A partir de 2006 a vida já não correu tão bem, mas resisti… tive de recorrer aos call centers (trabalhos paralelos)... a crise toca a todos! Desde então, tornei-me no parturiente e coveiro de vários projectos editoriais. Em 2012, parei. Mantive-me só no call center da Zon (hoje, estou na EDP). As letras (o velho sonho literário, desde miúdo) adormeceram, porém, jamais seriam olvidadas. Desmotivado (sem perspectivas à vista), deixei-as hibernar...

Até que, no início de 2014 (ano passado), uma editora do grupo Múltiplas Histórias fez-me mergulhar no universo literário. Neste último ano, registei duas dezenas de participações em colectâneas e antologias de diversas editoras (Portugal e Brasil) – alguns desses trabalhos estão no meu blogue ( http://isidelirios.blogspot.pt/ ), podem espreitar. Recentemente, fui distinguido com o 2º Prémio num concurso literário. Neste momento, estou a organizar uma grande antologia (já viram «A Bíblia dos Pecadores» a bombar nas redes sociais?) e vou publicar, finalmente, o meu primeiro romance (escrito há 15 anos). Se Deus quiser, ainda este ano! A data não está marcada, mas aponta-se para Dezembro... Há outros projectos em curso, que não posso divulgar por enquanto, só em Setembro.

Alonguei-me demasiado (desculpem, sou muito palavroso), mas creio ter saciado curiosidades. Para não ter de repetir constantemente, em conversas privadas. Falaram-me em voltar à terra, em organizar-se um encontro, uma jantarada, fazer a apresentação de uma obra... A professora Ondina (que também reencontrei recentemente) já me desafiou para «navear» na Serra da Nave... Oh, quem dera! Teria muito prazer... Seria uma alegria! Não obstante, ponho nessa verdadeira tentação uma montanha de reticências... Não por vocês, meus companheiros de liceu… que deixei para trás há tantos anos. Por causa de certas mentalidades mesquinhas, ignorantes, preconceituosas, mal-formadas, más, cujo único desejo é simplesmente... afastar-me, ou mesmo eliminar-me. Vi a morte à minha frente em duas ocasiões distintas. Da última vez... uma noite de Natal horrenda! A minha querida mãe (defendendo-me) quase foi esfaqueada no meu lugar, por aquele facalhão de matanças. Implorou-me que partisse, para me salvar. Desde então, raras vezes retornei às origens. As escassas vezes que isso aconteceu, eram viagens sorrateiras (visitas de médico) quando sentia o perigo distante; ainda assim, chegava numa tarde, vinha embora na manhã seguinte. Durante nove longos anos consecutivos não voltei à terra. Não vi a minha própria mãe e o meu irmão (mais novo) durante quase uma década! Sabem o que é isso, meus amigos? Sermos forçados a privar-nos do convívio de quem mais amamos? Não... não sabem. É uma dor indizível, uma tristeza profunda. Poderei perdoar, mas jamais esquecerei. No entanto, tudo passou, tudo ultrapassei, a tudo sobrevivi. Não guardo traumas, nem rancores. Sou uma pessoa positiva, de bem com a Vida. Só lamento não ter acompanhado o crescimento desse irmão que tanto precisou do meu apoio – era um rapazinho de 14 ou 15 anos quando o deixei; era já um homem feito, de 31 anos, quando o reencontrei. (Perdoa-me, meu irmão! Tu sabes que continuas no meu coração.)

Regressei a Moimenta da Beira em 2012, um tanto descontraído, convicto de que águas turbulentas tivessem serenado, ou mesmo dissipado – puro engano! Em Janeiro, em Julho e (pela derradeira vez) em Setembro desse ano, para acompanhar o meu irmão ao hospital. Quase não reconheci a vila. Como desenvolveu! Os pomares em frente à escola transformados em urbanizações, as macieiras no centro da vila cedendo lugar à central de camionagem... até um auditório foi criado! Não obstante o progresso, vi poucas pessoas (inclusive, em Julho) e tive uma tremenda dificuldade em apanhar táxis após as 20h00. Da escola, só reencontrei o Nuno, a Sandra, o Vítor, a Anabela, o Pedro... Reencontros bastante agradáveis. Em Setembro, fui alertado: «Muito cuidado!». Várias pessoas me preveniram. A minha mãe até tremia. Na aldeia, não me largava um minuto sequer. Medo de mãe! Em casa, pedia ao meu irmão que me vigiasse, que me protegesse, que me defendesse de qualquer perigo. Posto isto, meus amigos... talvez possam compreender melhor o meu afastamento. Sim, temo pela vida. Não arriscarei uma estúpida sentença a partir desta para pior. No início, julguei que fosse exagero materno, excesso de zelo… mas quando outras pessoas começaram (também) a alertar-me, compreendi que o perigo era real... não era paranóia da minha mãe! E espreitava-me por todos os ângulos. Sei onde está o principal inimigo, mas há outros (cúmplices) que ignoro. Só sei que o perigo continua. E que esse regresso em 2012 fez recrudescer ódios de um modo mais intenso. O preconceito é o meu maior inimigo. A ausência é a minha maior segurança. Quanto mais longe, melhor... 

Hoje, lançaram-me um desafio: apresentar o meu romance algures na terra, talvez na biblioteca... Gostaria muito, acreditem. Seria um «presente» grandioso! Mas não o farei. Embora a minha orientação sexual não seja segredo para ninguém, os temas abordados (ainda que de um modo delicado e esclarecedor) recomendam-me prudência, cuidados redobrados. Não desejo incendiar brasas que estão lá a moer e remoer uma oportunidade sabe-se lá para quê... já bastam os incêndios florestais que tudo devoram, que tanto trabalho e aflição proporcionam. No entanto, a conversa matinal fez-me despertar... ao falarmos nas gémeas (não foi, Cristina?). Lembrei as primeiras histórias que comecei a narrar, na biblioteca de Moimenta, onde a minha veia literária despontou. Lembrei o drama protagonizado pelos gémeos (crianças), quais Moisés(es) atirados ao rio, inspirado nos contos populares que a minha avó contava. Lembrei também outras tramas (um policial ambientado numa escola inspirada na nossa escola), mas a trama dos gémeos (bem rural) é a principal – e tanto pode ser infantil/juvenil como para adultos. Durante a tarde, revisitei o baú e... reparem na fotografia que ilustra este post. Guardo tudo! Todos os rascunhos, todos os esboços, páginas rabiscadas à mão, folhas dactilografadas (sim, dactilografadas, lembram?)... tal como guardo as fotografias. Mal abrande o (actual) ritmo de trabalho, vou dedicar-me à recuperação dessas histórias. Tal como fiz há poucos meses: peguei no conto policial, dactilografado em três páginas, que apresentei num concurso lá na escola (numa semana cultural), e desenvolvi-o; a Pastelaria Studios seleccionou-o e incluiu-o na colectânea «Crime Sem Castigo» (18 páginas, segundo a editora) que será publicada em Setembro. Talvez faça uma compilação de todas as histórias da minha juventude... ou talvez me dedique somente à trama dos gémeos («O Pecado de Mariana»), visando um possível lançamento no local das minhas origens. A ideia agrada-me imenso. Entusiasma-me. Mesmo arriscando a vida, enfrentando o perigo. No próximo ano, quiçá...

Não me alongo mais. Resta acrescentar: este reencontro (virtual) com as origens está a ser verdadeiramente emocionante, prazenteiro, sem igual. Não só com colegas da escola, mas também com pessoas que de algum outro modo me conheceram (ou sabem quem sou) e me abordam – nalguns casos, as abordagens são minhas. Há nomes que reconheço mas não consigo identificar os rostos quando vou cuscar as suas páginas, os seus perfis. Há outros que não consigo reconhecer (ou recordar), mesmo tendo sido colegas de turma. Já sucedeu com o Vítor, em 2012, quando estive em Moimenta. Não lembrava dele, por mais que me esforçasse... só lembrei do seu rosto (já em Lisboa) ao observar as fotografias no álbum. Os anos voam, e não perdoam!

Fico muito feliz com as notícias de todos. Espero reencontrar mais amigos e amigas, colegas e professores, qualquer pessoa com quem tenha convivido durante a juventude. Graças ao Facebook, não será difícil... isto agora é bola de neve. Quanto a mim, estou sempre por aqui. A Internet e as redes sociais são uma das minhas principais ferramentas de trabalho. Irei dando notícias. Sigam também a minha página literária (clicar em «Gosto») e o blogue De Lírios, se desejarem. E qualquer abordagem... por favor, não hesitem! Estarei sempre disponível. E ansioso. Podem crer...

Beijos e abraços para todos!


***
Texto publicado no Facebook, em 18 de Agosto de 2015.

05 setembro, 2015

AGENTE LITERÁRIO E COORDENADOR DE PROJECTOS EDITORIAIS

Mensagem de Teresa Queiroz divulgada hoje nas diversas redes sociais:


Oficialmente - Damos as boas vindas a Isidro Sousa ao Grupo Múltiplas Histórias. Porque não paramos e valorizamos quem demonstra que é capaz. Seguros de que será uma excelente colaboração! Bem Vindo Isidro Sousa. BOM trabalho! Teresa Maria Queiroz

Isidro Sousa irá exercer as funções de:
– Agente Literário do grupo Múltiplas Histórias
– Coordenador de (novos) Projectos Literários da Silkskin Editora

»»» Isidro Sousa enquanto Editor e Jornalista:
– Fundou a revista «KORPUS» em 1996, que editou durante 12 anos (até 2008), sendo o seu principal Redactor, Director, Fotógrafo e Distribuidor.
– Trabalhou na redacção da Colorpress, uma editora de jornais e revistas, sendo o responsável pela redacção e maquetização das diversas publicações da empresa (2005/2008). Manteve a sua colaboração como freelancer até 2012.
– Criou novos projectos para a Colorpress: diversos guias Astrológicos, revistas de Cocktails e Receitas Afrodisíacas, e a revista «Afrodite» (cujo lançamento não se concretizou).
– Fundou (em parceria com a Colorpress) o jornal Púbico no ano 2008 (que editou até 2012), sendo o seu Director Editorial, responsável por todos os conteúdos editoriais.
– Produziu vários roteiros turísticos nacionais (entre 1998-2001), em parceria com a associação Opusgay.
– Edita anualmente (desde 2003) o guia turístico «Lisbon Gay Guide», que distribui gratuitamente em bares, discotecas, restaurantes, lojas, hotéis, associações e outros locais específicos da comunidade LGBT.
– Produziu (em 2010) uma edição experimental da revista «Xy».
– Colaborou com a Zayas Editora entre 2003/2004 (paginação de livros).
– Colaborou com a revista Quïr, em 2012 (enquanto jornalista).
– Colaborou pontualmente com projectos de diversas entidades (Clube Amigo, Grupo Jovem da Associação ILGA-Portugal, Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Panteras Rosa, etc).
– Organizou e coordenou a «1ª Antologia de Literatura Homoerótica Portuguesa» (50 Autores), publicada em 2001 – edição conjunta da revista Korpus e da associação Opusgay com o patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa.
– Em paralelo, manteve (sempre) actividades profissionais em diversos call centers (UZO, ZON, NOS, MEO, EDP), desde 2005.
– Desde 2014 até à data presente, registou diversas participações literárias (prosa e poesia) em duas dezenas de antologias, colectâneas e concursos literários, em Portugal e no Brasil.
– Em Julho de 2015, foi distinguido com o 2º Prémio no concurso literário «Quando o Amor é Cego», promovido pela Papel D’Arroz Editora, pela apresentação do texto «O Casamento de Eulália».
– Presentemente, está a organizar a antologia «A Bíblia dos Pecadores», um projecto independente (criado totalmente por si) que será publicado com a chancela da Pastelaria Studios Editora.
– Publicará «Juno e Java» (o seu primeiro romance) em Dezembro, com a chancela da Pastelaria Studios Editora.
– Prevê a publicação (para o primeiro semestre de 2016) de um livro de poesia e a compilação, em volumes distintos, de diversos textos (contos, crónicas e pequenas histórias) que publicou entre 1996 e 2012 em jornais, fanzines e revistas.

»»» Participações de Isidro Sousa em Colectâneas de Prosa:
– «O Desejo de Salomé» • Colectânea «Seduz-me», Pastelaria Studios Editora. Lisboa: Julho 2014.
– «O Dilema de Beatriz» • Colectânea «Mentira», Pastelaria Studios Editora. Lisboa: Janeiro 2015.
– «A Ousadia de Magnólia» • Colectânea «Adivinha Quem Vem Jantar?», Papel D'Arroz Editora. Lisboa: Fevereiro 2015.
– «O Feitiço de Júlio» • Antologia «Clímax! Faça-me Chegar Lá!», Editora Illuminare. Brasil: Abril 2015.
– «A Desforra de Rodrigo» • Colectânea «A Mulher do Próximo», Pastelaria Studios Editora. Lisboa: Abril 2015.
– «O Sorriso de Adriano» • Colectânea «Um Livro Num Dia», Chiado Editora. Lisboa: Abril 2015.
– «A Emoção de Celina» • Colectânea «Ei-los Que Partem!», Papel D'Arroz Editora. Lisboa: Junho 2015.
– «Os Olhos de Helena» • Colectânea «A Despedida», Papel D'Arroz Editora. Lisboa: Junho 2015.
– «A Violação de Gabriela» • Colectânea «Bad Girl», Silkskin Editora. Lisboa: Junho 2015.
– «A Maçã de Eva» (com uma ilustração de Cláudia Banza) • Colectânea «Contos ao Vento», Edições Vieira da Silva (publicação prevista entre Setembro e Outubro).
– «O Susto de Matilde» • Colectânea «Crime Sem Castigo», Pastelaria Studios Editora (publicação prevista durante Setembro).
– «A Angústia de Manuela» • Colectânea «Mens Sana», Editora Livros de Ontem (divulgação dos textos seleccionados após o final de Novembro).
– «Os Pupilos de Heitor» • Colectânea «Amar (s)em Desespero», Papel D'Arroz Editora (lançamento agendado para 17 de Outubro).
– «O Casamento de Eulália» • Colectânea «Quando o Amor é Cego», Papel D'Arroz Editora (lançamento agendado para 17 de Outubro).

»»» Participações de Isidro Sousa em Colectâneas de Poesia:
– «Sonolência Onírica» • Antologia «Entre o Sono e o Sonho» Volume 6, Chiado Editora. Lisboa: Março 2015.
– «Doce Castigo» • Colectânea «Poema-me», Lua de Marfim Editora. Lisboa: Maio 2015.
– «No Templo da Poesia» e «Os Rapazes da Calçada» • Colectânea «Som de Poetas», Papel D'Arroz Editora. Lisboa: Junho 2015.
– Notebook «Leves Brisas» (pensamentos poéticos). Papel D'Arroz Editora (ainda não publicado).
– «No Silêncio da Lagoa», «Príncipe de Ébano», «Pétalas de Sol» e «Soneto da Perdição» • «A Lagoa de Óbidos, o Mar e Eu», MP Edições (lançamento agendado para 10 de Outubro).
– «Puro Desejo» e «Sinfonia do Encanto» • Antologia «Palavras de Veludo», Orquídea Edições (lançamento agendado para 17 de Outubro).

»»» Outros trabalhos de Isidro Sousa na Internet:
• É autor do blogue «De Lírios» (http://isidelirios.blogspot.pt).
• Tem duas páginas pessoais e uma página literária no Facebook.
• Gere quatro grupos no Facebook: «Letras Sui Generis», «Antologias Sui Generis», «A Bíblia dos Pecadores» e «LGBT | Festas e Eventos Culturais».
• É Co-Administrador da página «Casanova do Bairro Alto».
• Administrou (em anos anteriores) os blogues «Templo do Prazer», «Sem Tabus» e «Portugal Erótico».


Teresa Queiroz é CEO - Editora Executiva - Grupo Múltiplas Histórias.
Este grupo editorial inclui: Pastelaria Studios Editora, Papel D'Arroz Editora, Silkskin Editora e Orquídea Edições. 

03 setembro, 2015

PRÍNCIPE DE ÉBANO


Juno (no papel) a minha pluma te esboçou
belo atormentado camponês transmontano
com Java essoutro apolo a pena te imortalizou
irresistível perseguido bailarino açoriano

Amigos clandestinos (amantes) em fogo turbulento
quais vendavais intoleráveis sempre ultrapassados
em sagrado leito compartilhado no secreto aposento
amores e desamores (para) sempre reencontrados

Há mais de um decénio aguardava pacientemente
para aos olhos do mundo a vossa ventura desvendar
interminável espera vã se revelaria surpreendente
sem que a vossa odisseia pudesse (ainda) divulgar

Mas eis de repente um inesperado acontecido
sem nada alterar (quase) todo o panorama mudou
um novo Juno nascido ao meu suave ouvido
companhia (física) diária no meu lar se tornou

Um belo Cocker Spanil, qual principezinho de ébano
o pretinho da janela que a todos cusca no miradouro
tempos volvidos perderia o (irrequieto) traquina insano
ganhando um anjo de candura, raio de luz duradouro

Doravante, as personagens jazem olvidadas na gaveta
emaranhadas num limbo (profundamente) adormecido
ansiando pela aurora que anunciará o toque da trombeta
fazendo a narrativa retumbar num amanhecer florido


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Poema seleccionado para «A Lagoa de Óbidos, o Mar e Eu»
Uma antologia poética da MP Edições que será lançada em Outubro