29 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM O AUTOR CARLOS ARINTO




Entrevista de Carlos Arinto, conduzida por mim, Isidro Sousa, para a Revista Divulga Escritor. Um grandioso projecto jornalístico que conta com o apoio Sui Generis. Parabéns, Carlos!


Na parte que me toca, foi um prazer muito grande voltar a entrevistar, depois de estar afastado já há alguns anos do jornalismo. E entrevistar este grande senhor e amigo foi um prazer redobrado... Obrigado, Shirley Cavalcante, pela oportunidade que me concedeu, de matar um pouquinho a saudade do jornalismo... do prazer de entrevistar... algo que, enquanto jornalista, sempre adorei fazer.


«Um autor é um subversivo que se dedica a esmiuçar e a dissecar os cadáveres da alma. Muitas vezes, repor a verdade, apresentar um ponto de vista, interpretar a realidade, defender uma orientação.» (palavras de Carlos Arinto algures durante a entrevista)


A entrevista pode ser lida (na íntegra) neste link:


Boas leituras... e comentem!


O autor agradece. E nós também ;)




21 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM A AUTORA MARCELLA REIS



Entrevista de Marcella Reis, autora de vários livros e coordenadora de uma antologia Sui Generis («Saloios & Caipiras»), para a Revista Divulga Escritor. Um grandioso projecto jornalístico que conta com o apoio Sui Generis. Parabéns, Marcella!

A entrevista pode ser lida neste link:

Boas leituras... e comentem!

A autora agradece. E nós também ;)




18 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM A AUTORA ANA MARIA DIAS


Entrevista de Ana Maria Dias, autora de vários livros, para a Revista Divulga Escritor.
Um grandioso projecto jornalístico que conta com o apoio Sui Generis. Parabéns, Ana!

A entrevista pode ser lida neste link:

Boas leituras... e comentem!

A autora agradece. E nós também ;)




15 outubro, 2016

GRAÇAS A DEUS! - REGULAMENTO


GRAÇAS A DEUS!

Uma Acção de Graças na quadra natalícia

Antologia em Prosa & Poesia
Organização Isidro Sousa
Colecção Sui Generis


«Graças a Deus!» é um projecto literário que visa seleccionar textos (inéditos ou não) em Prosa e Poesia, para publicá-los sob a forma de um livro... uma Antologia que pretende ser uma Acção de Graças na quadra natalícia 2016, integrada na Colecção Sui Generis, dirigida por Isidro Sousa, a ser editada com a chancela EuEdito.

O tema dos textos é livre assim como o género literário. Tanto podem ser estórias fictícias ou textos reais: conto, crónica, carta, pensamento, desabafo, poema tradicional, prosa poética ou um simples agradecimento a Deus por tudo o que ocorreu ao longo do ano. Os textos podem ser ambientados na época do Natal, ou não – não é obrigatório serem especificamente natalinos, embora possam sê-lo; só existe a obrigatoriedade de incluir, pelo menos uma vez, a expressão «Graças a Deus!» algures no texto – tanto na Prosa como na Poesia. Porque é isso mesmo que se pretende com esta Antologia de Natal: uma Acção de Graças na quadra natalícia.

«Graças a Deus!» destina-se aos Autores Sui Generis; a todos os Autores que participaram numa (ou em mais do que uma) Antologia Sui Generis, independentemente de já estar editada ou não, e também aos que submeteram participações às Antologias que estão ainda a decorrer. Em qualquer uma destas:

1.      A Bíblia dos Pecadores I – Do Génesis ao Apocalipse
2.      O Beijo do Vampiro
3.      Vendaval de Emoções
4.      Ninguém Leva a Mal
5.      Sexta-Feira 13
6.      Saloios & Caipiras
7.      Torrente de Paixões
8.      Os Vigaristas
9.      Devassos no Paraíso
10. A Bíblia dos Pecadores II – Os Três Testamentos
11. Anjos & Demónios

Textos de Autores que participaram somente na antologia «Boas Festas» são também bem-vindos a esta Acção de Graças; embora «Boas Festas» não seja um projecto Sui Generis, foi igualmente concebida e organizada pelo mesmo Organizador, tendo contribuído, de algum modo, directo ou indirecto, para o êxito Sui Generis.  

Se participou, participa (ou submeteu alguma participação) nalgum dos projectos acima discriminados, contamos com a sua colaboração em «Graças a Deus!». Para que façamos, todos juntos, desta nova Antologia uma verdadeira Acção de Graças.

Neste projecto, não existe obrigação de comprar a obra finalizada, embora o possam fazer (se e quando desejarem). Para que todos os Autores possam participar, o espaço disponível será mais limitado, podendo os textos (quer Prosa, quer Poesia) ocupar até 2 (duas) páginas A4 – embora não se desconsidere a possibilidade de um texto em Prosa ultrapassar esse limite, mediante comunicação e acordo prévio.

Devido à proximidade do Natal, solicitamos que sejam breves no envio dos vossos textos. Data limite: 10 de Novembro. Para que possamos organizar, revisar e paginar atempadamente todos os textos e imprimir o livro até finais de Novembro.

Aceitam-se igualmente, para esta Antologia, outros trabalhos artísticos: desenho, ilustração, pintura, fotografia ou outro tipo de imagem (a preto e branco) para ilustrarem o miolo do livro. Desafiamos também Autores com conhecimentos de design gráfico a fazerem uma proposta de Capa para esta Antologia. Nestes casos, os Autores interessados devem comunicar previamente, por email, com Isidro Sousa.

Contamos, então, com a sua participação em «Graças a Deus!». Seja com um texto (Prosa ou Poesia), seja com algum outro trabalho artístico ou mesmo – porque não? – com a capa desta Antologia idealizada e concebida por si.


Participem!... Contribuam para esta Acção de Graças!...
Leiam o Regulamento e não hesitem em contactar o Coordenador para dissipar qualquer dúvida que porventura possa existir. E bom trabalho!





REGULAMENTO | CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

1.    «Graças a Deus» é um projecto literário integrado na Colecção Sui Generis, organizado e coordenado por Isidro Sousa, que visa seleccionar textos escritos na Língua Portuguesa, de Autores Lusófonos que residam em qualquer parte do Mundo, independentemente das suas raças, crenças, orientações sexuais e identidades de género, para serem publicados num livro. Só se aceitam participações que obedeçam a este Regulamento. A utilização do Acordo Ortográfico é facultativa.

2.    Cada Autor pode apresentar 1 (um) texto – em Prosa ou em Poesia – com o mínimo de 1 (uma) e o máximo de 2 (duas) páginas A4. Os textos (revisados pelos Autores) devem ser digitados no Word, Times New Roman, letra tamanho 12, espaçamento simples entre linhas e parágrafos. Rejeitam-se formatos de apresentação que sejam diferentes do Word.

3.    O tema dos textos a serem apresentados é livre. O género literário também fica ao critério dos Autores. Podem ser ambientados, ou não, na época do Natal. No entanto, todos os textos – Prosa e Poesia – devem incluir a expressão «Graças a Deus!» pelo menos uma vez; de preferência, terminar com ela (factor eliminatório).

4.    Os textos devem ter títulos próprios (diferentes do nome da Antologia) e ser enviados para o email letras.suigeneris@gmail.com, com a referência «GRAÇAS A DEUS!» na linha de assunto, até ao dia 10 de Novembro de 2016. Os Autores podem assinar os textos com Nome ou Pseudónimo, devem declarar no corpo do email que aceitam as condições do Regulamento (caso contrário, as participações serão desconsideradas) e enviar uma nota biográfica, até 5 linhas, e contacto telefónico. O Organizador reformulará as notas biográficas que ultrapassem o limite de 5 linhas e ignorará qualquer informação pessoal que as mesmas possam conter; privilegiará somente, para efeitos de publicação, descrições, gostos ou hobbies do Autor, ano e local de nascimento, localidade onde reside e respectivas obras publicadas, individuais ou colectivas.

5.    A selecção dos textos, efectuada pelo Organizador, irá sendo feita à medida que os mesmos forem recebidos – com ordenação, no livro, por ordem de chegada. Cada Autor receberá uma comunicação imediata, acusando a recepção e selecção (ou exclusão, se for o caso) do seu texto, sendo o resultado global da selecção divulgado num prazo máximo de 5 dias, após a data limite para recepção dos trabalhos. Todos os passos efectuados na produção desta obra colectiva (ou eventuais alterações ao Regulamento) serão sempre comunicados aos Autores.
 
6.    Não existe taxa de inscrição. Ao contrário do que sucede habitualmente noutras Antologias Sui Generis, a participação em «Graças a Deus!» não implica qualquer obrigatoriedade de comprar a obra finalizada. Porém, os Autores que desejem adquirir esta Antologia deverão manifestar essa intenção logo após a divulgação do resultado da selecção; se não fizerem a reserva atempadamente, ficarão sujeitos à disponibilidade do stock existente, após a primeira impressão. Não obstante, o livro físico e o ebook estarão sempre disponíveis na Livraria on-line da EuEdito e noutras plataformas que serão, posteriormente, indicadas.

7.    O PVP (preço de venda ao público) da Antologia será definido após a paginação do livro, tendo em conta o número de páginas da obra a ser editada. Autores participantes podem adquirir quantos exemplares pretenderem, sempre com desconto de 10% sobre o PVP, desde que os mesmos sejam adquiridos directamente à Sui Generis. Exemplares adquiridos na Livraria on-line da EuEdito e noutras plataformas não usufruem do desconto de 10% sobre o PVP.

8.    O envio de um texto para o email indicado no Ponto 4 implica (automaticamente) a aceitação de todas as normas deste Regulamento e a autorização dos direitos de publicação na antologia «Graças a Deus!», sem qualquer outra contrapartida além do desconto de 10% nos exemplares desta obra colectiva que os Autores, porventura, possam querer adquirir.

9.    «Graças a Deus!» é uma Antologia Sui Generis, integrada na Colecção Sui Generis (fundada e dirigida por Isidro Sousa), que será publicada com a chancela EuEdito. As Antologias Sui Generis, representadas pelo Organizador, e a editora EuEdito não reservam a exclusividade ou os direitos dos trabalhos editados. Após o lançamento do livro, cada Autor pode utilizar livremente os seus textos noutras publicações que considere pertinentes.

10. Se porventura se verificar algum tipo de infracção na originalidade, autenticidade e autoria de um texto apresentado, será da exclusiva responsabilidade do respectivo Autor, ficando o Organizador e a Editora isentos de qualquer responsabilidade legal sobre a infracção cometida – nesse caso, o Autor em questão responderá perante a Lei por plágio, cópia indevida ou outro crime relacionado com direitos de autor.

11. Recomendamos que os Autores se mantenham atentos aos grupos «Antologias SG» e «Isidro Sousa e Autores» (principalmente este) no Facebook; através dos grupos, o Organizador estará em contacto permanente com todos os participantes. Podem também seguir o Blogue e a Página abaixo indicada. Para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais, devem contactar por email.



Desde já, estão todos convidados a participar nesta Antologia
que pretende ser uma Acção de Graças na quadra natalícia.

Esperamos os vossos textos... um texto por Autor... Prosa ou Poesia.
Sejam bem-vindos... e bom trabalho!




GRAÇAS A DEUS!
Uma antologia Sui Generis com a chancela EuEdito
Colecção Sui Generis | Organização e Coordenação: Isidro Sousa


Email – letras.suigeneris@gmail.com
Página Letras Sui Generis https://www.facebook.com/letras.suigeneris 
Blogue Edições Sui Generis http://letras-suigeneris.blogspot.pt


14 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM O AUTOR FELIPPE ABREU


Entrevista de Felippe Abreu, autor de «Roger Gonçalves», para a Revista Divulga Escritor. Um grandioso projecto jornalístico que conta com o apoio Sui Generis. Parabéns, Felippe!

A entrevista pode ser lida neste link:

Boas leituras... e comentem!

O autor agradece. E nós também ;)


13 outubro, 2016

O PRANTO DO CISNE - PREFÁCIO DE MARCELLA REIS


O PRANTO DO CISNE
Aventuras de Um Fotógrafo Desinibido


PREFÁCIO


Antes de começar a prefaciar esta obra, tenho de dizer que fiquei muito surpresa ao receber este convite do colega das letras e amigo Isidro Sousa. Tudo porque o acho fantástico como ser humano, como autor, como coordenador e organizador de Antologias e Projectos e como divulgador de toda a Lusofonia (e isso tem demonstrado com louvor, através da colecção que criou, a Sui Generis, onde em parceria com a Chancela EuEdito publicou, publica e publicará diversas Antologias com temáticas variadas: desde textos e poesias sobrenaturais, religiosas e campesinas à prosa e poesia erótica).

Falámos ao telefone. Ele explicou-me a história e o seu enredo no geral para que a pudesse ler e depois prefaciar. Compreendi mais ou menos, mas de pronto fiquei excitada e entusiasmada para ler a obra intitulada por “O PRANTO DO CISNE”, um nome poético, significativo e enigmático que poderia ser uma história romântica, clássica e dramática. Não, mas não é apenas isso! E paradoxalmente é tudo isso também, só que não é nem um contozinho erótico de fadas com o qual a sociedade e alguma parte da “maltinha” da escrita e leitura erótica actual estão acostumados a escrever ou a ler. Os textos desta obra são contos muito realistas e sem o menor pudor de o ser. São fictícios, mas roçam a realidade de uma forma tão pavorosa, provocadora, lasciva e frenética, tal qual como o sexo de Valero, personagem principal do livro, roçou o seu sexo e o seu coração desesperado e quente nos mais variados encontros e desencontros casuais e descasuais que tivera na sua vida e numa trama narrada arduamente por Isidro Sousa com maestria e absoluta licença de dizer na íntegra, e sem proibição, o que se quer e tem para se dizer através de palavras recheadas de ricos cenários, cheiros, sons, temperamentos, cores e espaços específicos magnetizados por uma energia sugadora.

Sim! É uma obra em que nalgumas partes são retratadas as vidas atípicas e comezinhas invulgares da sociedade portuguesa, escondidas em sarjetas e emergidas em aparências falsificadas e relapsas da “real society”, das chamadas tias de Cascais, do escândalo enrustido na promíscua cordialidade do mundo futebolístico, jornalístico, da fotografia, da moda e do meio artístico em geral. Das aparências nefastas estampadas nas revistas cor-de-rosa quando a podridão é escondida por debaixo do tapete persa e da riqueza sublimada pela bajulação à qual a personagem de Valero não se rende em nenhum momento. Valero se rende pura e simplesmente apenas à sua busca incondicional de prazer sexual com os homens que o vão atraindo como um modo de esquecer a tragédia familiar que envolve o assassinato de seu pai cometido pela sua própria mãe: a fútil e vingativa Natália que Valero acaba por descobrir ser casada com o jogador Tádzio Madjer, amante do seu pai, Vanderlão, com o qual também pai e filho acabam por protagonizar um bizarro triângulo amoroso.

Mas o que Isidro Sousa traz com as suas palavras nuas, desvestidas de corpetes apertados a fingir uma falsa cintura... O que o autor traz com as palavras ora nada asseadinhas e nada higienizadas com sabão neutro ora perfumadas de amaciador azul-neón estendidas no varal prontas para serem apanhadas e passadas a ferro por uma boa Amélia do lar... O que o autor traz com as suas palavras fortes e incontidas, “mundanas” e levianas, é uma verdade absoluta, e não obsoleta, de que essas mesmas palavras que dizem por aí serem feias e sujas, e que para muitos moralistas incondicionais não podem ser escritas e reveladas num livro como este, por exemplo, que tem como finalidade contar fidedignamente o que existe nesse mundão de Deus... é de que elas são faladas e vivenciadas todos os dias e por muitas pessoas no quotidiano. Isidro Sousa não lava as palavras e, quando o faz, ele lava a roupa suja com as mãos, sem máquina de lavar... e deixa as roupas quararem ao Sol e dobra-as sem as passar para que as pessoas, nós os leitores, as vistamos do mesmo jeito em que foram apanhadas e para que as usemos da maneira que bem entendermos.

Os contos de “O PRANTO DO CISNE” não são tons de cinza e nem de sombras. São cores vivas de um amor que ficou na lembrança da maior desilusão de Valero: a de ter que conviver e sobreviver para sempre sem este amor e paixão avassaladora que ele sente pelo seu progenitor.

Na obra encontrei palavras como Vernissages... Palavras como esta que não estão mais na moda, das quais quase não se ouve falar por aí, que nos levam a viajar pelo espelho do retrovisor de um carro antigo. Além do mais, o vocabulário do autor é deveras criativo para descrever uma simples transa de uma só noite ou de um só momento. São palavras encrustadas em situações e encaixadas de uma forma que se pode sentir e ver como num filme todo o acto sexual que está a acontecer no momento.

«Creio que mantinham relações sexuais com bastante frequência sem tomarem precauções porque a gravidez apanhou-os de chofre, levando-os ao casamento.» Um aperitivo para a tesão que é ler todo o livro. O livro começa no mínimo com uma frase destas já na primeira página.

Há o complexo de Édipo totalmente exposto na obra. A admiração pelo pai e o rancor guardado pela mãe que abandonara o lar e traíra o ser que ele mais amava, seu pai.

O nome diferente das (duas) personagens Vanderlero demonstra a criatividade do autor. No início um nome estranho e a partir do momento em que vamos nos familiarizando com a história e com os “Vanderleros” o nome invulgar passa a ser comum e a soar mais normal.

As alcunhas parecem caracterizar e representar a personalidade das personagens propositalmente ou por intuitividade. Varderlão: o pai e sua virilidade. Vanderlito: o filho, “orfão” e carente de amor, até chegar ao poético e erótico nome que o próprio herói da trama se deu: Valero. Como se ele próprio se batizasse. Nome que soa como um piano aos ouvidos.

A “lendária” estória do apanhar o sabonete e a velha conversa de café entre os amigos machões que troçam dos banhos em conjunto entre homens afinal sempre existiu e está na “novela” de Isidro Sousa. Sim. Poder-se-á chamar este trabalho de uma novela de Walcyr Carrasco não passada na TV aberta ou uma minissérie de Nelson Rodrigues, e até uma película ao bom e velho estilo Almodovariano.

Apesar de o calão decorar quase todos os diálogos entre as personagens, a história é narrada com palavras... desde científicas até às mais emproadas, sem deixar de dar realidade e inteligibilidade aos cinco contos que constroem toda a obra.

Há uma riqueza na descrição que não faz cansar o leitor. Sente-se o clima do vapor e da água tépida a cair no balneário, do frenesim que é o mundo do futebol, este mesmo mundo no qual o fotógrafo Valero cresceu e tem em torno de si, das festas das celebridades e todas as suas futilidades.

Uma mulher que leia este livro pode ter a concreta certeza de como é ter um pénis entre as pernas e de como é usá-lo de todas as formas. Eroticidade narrada com verdade e que mergulha no realismo sujo da literatura com toda a cabeça sem deixar o corpo e a alma de fora.

Isidro Sousa criou personagens muito reais e humanas. Elas acreditam piamente no autor que é o Deus delas. E este próprio autor surpreende-se com as suas criaturas e com o desenrolar dos acontecimentos, porque – como todo o excelente autor – lhes dá o livre arbítrio. É nesse âmbito que nunca, em circunstância alguma, dever-se-á culpabilizar o Isidro pela depravação explícita e pornografia executada pelas personagens da trama.

E nunca se culpa, também, um autor por amar as personagens que criou e por as ter criado. Mesmo que estas sejam assassinas sanguinárias, mesmo que cometam um incesto ou amem o seu filho ou pai como cônjuges. Mesmo que estas personagens sejam invejosas farsantes ou racistas... Mesmo que elas façam o diabo a quatro e deixem o Diabo ficar de quatro! Pois que... culpabilizar o autor que as criou pelo erro que a criatura comete, seria como culpar Deus por ter nos criado e mesmo assim nos amar com todas as nossas escolhas erradas e falhanços. No momento em que Ele nos cria, já não tem mais controle sobre nós e sobre as nossas vidas e decisões tomadas. Assim é a escrita de Isidro Sousa, que se deixa levar pela trama e pelas consequências causadas pelos intérpretes e por isso cada conto tem, de facto, algo que nos prende e que nos é verdadeiramente sui generis, erótico e realista, nos presenteando com o cheiro da pele humana no seu mais intrínseco suor, odor e asperidade.

Desse modo, devo dizer que apesar de o autor Isidro Sousa ter me preparado e precavido de que estas “AVENTURAS DE UM FOTÓGRAFO DESINIBIDO” têm um teor erótico pesado, com “calões” e cenas de sexo totalmente explícitas, a obra apanhou-me de surpresa. As cenas contadas com veracidade deixaram-me duas noites de olhos arregalados. Assustaram-me a alma, empurrando-a para fora de mim, dando espaço ao meu corpo para que esse pudesse se emprestar a sensações do misterioso e cheio de mister Valero.

Posto isto, “O PRANTO DO CISNE” é uma obra que os leitores que a lerem no comboio, no banco de uma praça ou ao ar livre perto de uma multidão, podem correr o risco de se sentirem com receio ou vergonha e vão olhar para os lados para terem a certeza de que não estão a ser observados e apanhados no delito que cometem ao espiar as quatro paredes de um rapaz devasso que, ao fim e ao cabo, só quer amar e ser amado e a Odisseia de prazer em que ele acaba fulgurando é apenas a busca pela Epopeia de amor que almeja e que quer climaxizar em sua vida.

Cá não há eufemismos! O único eufemismo que se encontra na obra está no título. Valero não é um cisne. É o patinho feio abandonado pela mãe, apesar de muito badalado e de belo por fora. E o pranto desse Cisne é um Tsunami que não é vertido em lágrimas. Ele as derrama simbolicamente através dos seus gozos, do prazer ao qual ele se rende e deixa os outros renderem-se como forma de vingança para livrar-se da própria dor que espezinha a sua alma de menino e o seu corpo de homem. Valero capta através da lente dos seus olhos os homens interessantes que vão aparecendo em sua vida como flashs, homens que foram fortemente marcados por um relacionamento ou estão num relacionamento no presente, voltando assim à posição inicial da reconstrução de um triângulo amoroso tal qual tivera e vivera ao lado de seu pai no passado.

Por isso tudo, resta-me dizer-vos, caros leitores, de que este não foi um prefácio. Muito pelo contrário: foi um “predifício” tanto pela consideração que tenho pelo trabalho metódico e cuidado que é genuíno do escrevente, quanto pela pessoa a quem pertence a obra e por esta ser brilhante e fantástica na matéria do erotismo e no campo das letras.

Bem-vindos à leitura de uma viagem sexual sem moral nenhuma, mas que nos deixa uma moral escondida no psicológico do apaixonante Valero, que é tocante e de suma importância: não importa o quanto você sofre. Ninguém nunca se importará com a sua dor e o seu sofrimento, a não ser que você transforme a sua dor em prazer e lhes ofereça este prazer em troca.


Marcella Reis
Sintra, 20 de Setembro de 2016



12 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM O AUTOR RICARDO DE LOHEM



Entrevista do autor Ricardo de Lohem para a Revista Divulga Escritor.
Um grandioso projecto jornalístico que conta com o apoio Sui Generis.
Parabéns, Ricardo!

A entrevista pode ser lida neste link:

Boas leituras... e comentem!

O autor agradece. E nós também ;)




11 outubro, 2016

DIVULGA ESCRITOR - ENTREVISTA COM A AUTORA SUZETE FRAGA



Entrevista de Suzete Fraga, autora do livro Sui Generis «Almas Feridas»,
para a Revista Divulga Escritor. Um grandioso projecto jornalístico
que conta com o apoio Sui Generis.

Parabéns, Suzete!

A entrevista pode ser lida neste link:

Boas leituras... e comentem!


A autora agradece. E nós também ;)


10 outubro, 2016

LIVROS SUI GENERIS: «O PRANTO DO CISNE» - O MEU SEGUNDO LIVRO JÁ DISPONÍVEL NA AMAZON


O PRANTO DO CISNE
Aventuras de Um Fotógrafo Desinibido

Autor: Isidro Sousa
Prefácio: Marcella Reis
Páginas: 126 páginas
Livros Sui Generis
ISBN: 978-989-99670-6-9
Depósito Legal: 415447/16
1ª Edição – Outubro 2016


SÍNTESE DA OBRA:

O futebolista Tádzio Madjer confunde, num balneário penumbroso após um jogo de futebol, o fotógrafo Valero com o pai deste, um treinador de futebol (ainda) no esplendor da juventude. Cedendo à anónima e inusitada investida, Valero descobre o prazer que é a intimidade entre machos e a verdadeira natureza sexual do pai, o seu ídolo. Não tardará a firmar-se um escaldante triângulo amoroso ente eles, cujo desfecho trágico fará verter lágrimas amargas ao jovem fotógrafo. Com a morte do seu amado pai, assassinado pela “puta que o pariu” e o abandonou durante a infância, a alma de Valero enterra-se, em pranto, num luto prolongado. Até ao dia em que o excêntrico estilista Gonçalo Verdades o faz redespertar para a vida. Então, o belo cisne mergulha numa ânsia devoradora de sexo, somando aventuras atrás de aventuras, como que a recuperar o tempo perdido...

Incesto, sexo explícito e futebol... eis uma combinação explosiva capaz de abalar alicerces e estruturas de qualquer sociedade! O autor não recomenda este livro a almas sensíveis. E é proibidíssimo a menores de 18 anos de idade.

Isidro Sousa nasceu em 1973, numa aldeia remota das Terras do Demo, e vive em Lisboa. Jornalista desde 1996, fundou, dirigiu e editou revistas, jornais e guias turísticos, colaborou com diversas editoras, participou em duas dezenas de obras colectivas, foi distinguido num concurso literário e organiza todos os projectos da Colecção Sui Generis, que criou em finais de 2015. «O Pranto do Cisne» é o seu segundo livro.


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Uma Edição Sui Generis já disponível na Amazon

A versão impressa (livro em papel) será lançada brevemente.
Aceitam-se já reservas pelo email: letras.suigeneris@gmail.com 
Os pagamentos serão solicitados mais tarde... quando o livro estiver a ser impresso; também se envia à cobrança no destino.

PVP do livro impresso:
12,00 euros (Portugal)
15,00 euros (fora de Portugal; qualquer país, incluindo Brasil)

Valores finais; incluem despesas de envio.
Envios contra-reembolso: acrescem despesas dos CTT; só aplicável para moradas portuguesas.