29 julho, 2019

SG MAG - EDIÇÃO #08




SG MAG | MAGAZINE LITERÁRIO

Edição nº 8 – Junho 2019
  

Apresentamos o 8º número deste Magazine Literário, uma publicação Sui Generis ao dispor de toda a Lusofonia, que se encontra disponível na plataforma ISSUU. Neste endereço:



A presente edição tem 330 páginas é dedicada a uma das maiores figuras da Literatura Lusófona e um dos grandes vultos literários da tradição ocidental: o poeta lusitano Luís Vaz de Camões. Renovador da Língua Portuguesa e um dos mais fortes símbolos de identidade da sua Pátria, Camões é uma referência para toda a Comunidade Lusófona internacional e o dia da sua morte, 10 de Junho, é assinalado como o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Destacamos também, nesta edição, o autor Estêvão de Sousa, de quem publicamos uma entrevista sobre os cinco livros que lançou já em 2019, o vasto “dossier/portfólio” sobre a catedral Notre-Dame em Paris, na sequência do incêndio que sofreu, e o segundo Caderno de Poesia, desta vez dedicado ao São João. Sem olvidar a reportagem do lançamento de «Shadows of Life», o primeiro livro de Paula Homem, e a antologia Sui Generis «Sinfonia de Amor», cujo texto de apresentação e as biografias dos 75 autores que a integram estão divulgados, com o merecido destaque, noutras partes da revista.


LINK DIRECTO PARA ESTA EDIÇÃO:


Agradecemos todas as contribuições que tornaram possível esta edição e marcamos encontro na próxima. Até lá... boas leituras!



COLABORAÇÕES
Autores que participam na presente edição:

Amélia Pinto Pais
Andréa Santos
Anita Santana
Armindo Gonçalves
Carmen Lúcia de Queiroz Pires
Cristina Sequeira
Diogo Alves
Diogo Vaz Pinto
Estêvão de Sousa
Fátima D’Oliveira
Inaldo Tenório de Moura Cavalcanti
Isabel Martins
Isidro Sousa
Janice Reis Morais
Jonnata Henrique
Jorge Pincoruja
Joyce Lima
Lira Vargas
Lucinda Maria
Luís Rôxo
Maria Angela Alvares Cacioli
Maria João Abreu
Mary Rosas
Maurício Cavalheiro
Michele Valle
Mikael Mansur Martinelli
Nardélio F. Luz
Natália Vale
Odete Antão
Paula Homem
Paulo Roberto Silva
Raquel Lopes
Ricardo Solano
Rita Queiroz
Rosa Marques
Rose Chalfoun
Roselena de Fátima Nunes Fagundes
Samanta Obadia
Sérgio Sola
Sonia R. A. Carvalho
Suzete Fraga
Tauã Lima Verdan Rangel
Thiago Guimarães
Tiago Sousa
Tito Lívio
Vieirinha Vieira


A revista SG MAG, fundada em Janeiro de 2017, é uma edição Sui Generis. A sua linha editorial foca-se (assumidamente) em projectos Sui Generis e nos autores, e respectivas obras, que de algum modo fazem parte da família Sui Generis – sendo sempre bem-vindos todos aqueles que só agora conheçam ou travem contacto com a Sui Generis e desejem participar no universo Sui Generis. A revista tem periodicidade trimestral e distribuição gratuita, sendo publicada em formato electrónico na plataforma ISSUU. No endereço abaixo indicado.


Novas colaborações/participações para as próximas edições devem ser enviadas para o email abaixo indicado – acompanhadas (sempre) por uma nota biográfica – até 5 linhas – e respectiva fotografia, que tenha o rosto visível.


Boas leituras!


SG MAG | REVISTA LITERÁRIA
Email: sg.magazin@gmail.com


07 julho, 2019

14ª MARCHA DO ORGULHO LGBT+ DO PORTO - EM HOMENAGEM AO (NOSSO) ANTÓNIO ALVES VIEIRA







Ontem... sábado, 6 de Julho.

Na cidade do Porto... onde tornei a residir desde Abril de 2017.

Estive presente na 14ª Marcha do Orgulho LGBT+ do Porto, a mesma Marcha que vi nascer no já longínquo ano de 2006 – concretamente no dia 8 de Julho de 2006 – na sequência da violentíssima morte da transexual brasileira Gisberta Salce Júnior, que fora brutalmente assassinada em Fevereiro desse ano por um bando de rapazolas do Porto... um bando de assassinos delinquentes que ficaria impune dos seus crimes hediondos. Na época, desloquei-me propositadamente de Lisboa ao Porto para acompanhar o evento, cuja concentração ocorrera no Campo 24 de Agosto, local onde Gisberta morreu, e partiria dali rumo à Praça D. João I. Fui à 1ª Marcha numa perspectiva jornalística, sim... para fazer a cobertura do evento, cuja reportagem, bem como outros textos relacionados, se encontram registados na edição nº 26 da revista Korpus, publicada em Outubro desse ano)... Mas fui também pela Gisberta... de quem fui amigo durante os anos em que, naquela época (1994-1998), vivi no Porto, até me mudar para Lisboa... Conheci-a nos anos 90, no auge do seu esplendor e beleza, muito antes de a sua vida ter dado aquela infeliz reviravolta que a levaria à pobreza extrema e à tragédia de má memória que se consumaria no último dos seus dias.

Com o fim do meu projecto, a revista Korpus, que fundei em 1996 e dirigi e editei ininterruptamente durante 12 anos, até 2008, fui-me afastando, gradualmente, dos eventos e do movimento LGBT, embora mantivesse, desde sempre, alguma proximidade, ainda que discreta, com a cena LGBT e alguns membros fundadores do movimento LGBT português... velhos e bons amigos, companheiros de uma luta tão nobre como a nossa, de quem continuo amigo... ou com quem mantenho algum contacto, ainda que esporádico. (A propósito, aproveito para referir que a revista Korpus se encontra, presentemente, em processo de recuperação, sob a alta responsabilidade e patrocínio de duas entidades oficiais (Hemeroteca de Lisboa e Rede Nacional de Bibliotecas), e todas as edições publicadas serão disponibilizadas ao grande público, para memória futura, até ao final deste ano; mas falarei sobre isso em momento mais oportuno... ou seja, quando me for permitido fazê-lo). E após cerca de 10 anos de afastamento, regressei este ano...

Sim, estive presente na 1ª Marcha do Porto, em 2006... e voltei este ano, 2019... à 14ª Marcha. Desta vez, numa perspectiva pessoal. Fui, acima de tudo, pelo António... um dos membros fundadores que mais e sempre se bateu ao longo dos tempos pela Marcha do Porto... que nos deixaria há cerca de um ano, em Agosto de 2018, e que foi, muito justa e merecidamente, homenageado neste evento... ou a quem se dedicou este evento. Estive sempre presente na Marcha, do início até ao fim, lado a lado com a sua mãe, Maria Helena Alves, segurando a faixa do António, cujos dizeres se podem ler na fotografias que ilustram este post. E obviamente que notei diferenças... imensas. Diferenças positivas. Muitas. Muitíssimas! O que foi muito bom.

A única pessoa que eu havia contactado, ou com quem combinara algo, fora a Maria Helena Alves. Porque eu queria – queria muito! – adquirir o novo livro (póstumo) do António, cujo lançamento ocorrera na passada sexta-feira, no Porto. Na impossibilidade de eu ter ido ao lançamento, por incompatibilidade de horários, a Maria Helena prometeu levar um exemplar no dia seguinte e entregar-mo durante a Marcha. Não levou... Não porque não quisesse, mas porque não o pôde levar. Razão? Todos os exemplares haviam sido vendidos na noite anterior, durante o lançamento. Mas prometeu conseguir-me um livro nos dias seguintes. Fiquei triste, mas ao mesmo tempo contente... pelo êxito. Porque o António merece! No entanto, já no final da Marcha, eu acabaria por conseguir o meu tão desejado exemplar. Porque... AS ESTRELAS MEXEM-SE. (Falarei sobre o livro num outro post.)

Durante a Marcha fui reencontrando algumas (infelizmente, poucas) pessoas do «antigamente». Mas gostei de ver. Gostei de participar, pela primeira vez, como manifestante. Gostei de tudo o que vi. Gostei de estar presente... Sim, gostei muito.

Não sei se «marcharam» 5000 ou 7000 pessoas... números que já vi apontados em várias notícias. Mas sei que apareceu muita gente... um imenso mar de gente que invadia algumas das ruas mais emblemáticas da cidade do Porto com as suas palavras de ordem, com as suas bandeiras, com as suas músicas, com as suas faixas e cartazes, com todo o brilho que as cores do arco-íris proporcionaram. Já nós tínhamos atravessado o viaduto, ali bem próximo da Praça da República, e percorrido toda a Rua Gonçalo Cristóvão, até ao fim... já nós descíamos a Rua de Santa Catarina... segurando a faixa do António, imediatamente a seguir à principal (a faixa oficial da 14ª Marcha)... quando alguém, creio que da organização, se aproxima de nós (de mim, da Maria Helena Alves e do João Paulo, responsável pelo PortugalGay.pt e um dos organizadores/dinamizadores da Marcha) e diz-nos algo assim: «Ainda há muita gente a sair da Praça da República!» Fiquei um tanto surpreendido. Pela positiva, claro. Bem... era, de facto, muita gente! É bem provável que se tenham manifestado 5000, 7000 ou talvez mais pessoas... E como de facto se viu, já na Cordoaria, onde terminaria a Marcha, a imensa multidão que ali se concentrou...

Foi mesmo muito bom. Muito bom mesmo!

Os meus parabéns a toda a organização e demais colaboradores e dinamizadores... bem como a todos os manifestantes que participaram nesta grandiosa Marcha do Orgulho LGBT+. E não posso terminar estas palavras sem deixar um forte aplauso ao (nosso) querido e saudoso António. Porque... AS ESTRELAS MEXEM-SE.

Viva a Marcha!...

Viva o António!    










Fotos recolhidas das páginas no Facebook de Bruno Martins, Helena G. Ferreira, António Soares e PortugalGay.pt