AMARGO AMARGAR
Finalmente, impresso!
Já tenho disponíveis alguns exemplares do meu
livro «Amargo Amargar» (que inclui seis contos – ou mininovelas – ao longo de
170 páginas), como se pode ver na foto que ilustra este post. Eis um excerto do
Prefácio:
“Prefaciar «Amargo Amargar» é, portanto, uma
tarefa hercúlea que me deixa estarrecida e petrificada. Da sua leitura já não
posso dizer o mesmo... foi um deleite para a vista e para a alma! Fui abalroada
com um cuidado extremo na escolha das palavras, um vocabulário rico e
diversificado, enredos alucinantes e um incansável trabalho de pesquisa. Como
se não bastasse, com esta obra o autor proporciona ao leitor ingressos para
cenários distintos, descritos com uma mestria capaz de atordoar o maior
descrente.
Ao ler «A Angústia de Manuela» e «O Casamento
de Eulália» tem como destino um plano de ação ambientado no início do século
XX, convertendo-se, indubitavelmente, num intruso viciado nos usos e costumes
da época, nos palacetes, bailes, casamentos e até nos momentos políticos mais
conturbados da nossa História, muito bem corroborados com referências ao
Regicídio e às revoltas entre monárquicos e republicanos.
Para os restantes contos o autor recorreu à
memória dos seus tempos de meninice e adolescência. Muitos plantaram e
arrancaram batatas, ceifaram feno e centeio, colheram e desfolharam milho,
cavaram terra, enterraram os pés descalços na água enquanto regavam hortas,
batatais e morangais, muitos guardaram cabras e ovelhas nas encostas serris,
como o Isidro, mas poucos descrevem a beleza bucólica de forma tão sentida e
avassaladora. As narrações pormenorizadas fazem acreditar numa Serra Mourisca
verídica e querer visitar as suas imediações: Vila Rica, o Rio Luzio, a Quinta
do Mocho, a Igreja Matriz de Vila Rica ou o Parque Arqueológico da Mourisca.
“Deus não é ciumento, pois não?” é uma
questão que surge em «O Dilema de Beatriz». Ela, uma rocha lapidada na forja
madrasta da vida, “sentiu vontade de vomitar o seu infortúnio numa raiva
incontrolada...” porque “Até as rochas mais duras agradecem a suave carícia do
mar.” Relatos quase fotográficos dão a conhecer o plano arquitetónico da Igreja
Matriz de Vila Rica. É neste cenário religioso que: “Um longo silêncio tumular
imperava na sua mente absorta em pensamentos que se emaranhavam entre o bem e o
mal...”
E se com estes excertos a curiosidade já
fervilha freneticamente, espere para ler as peripécias em que a pobre viúva
Matilde andou metida em «O Susto de Matilde». Mas, antes disso, assista ao
romance que tem tanto de arrebatador como de surpreendente. Imperdível o final
de João Carlos que “Desfrutou de todas, mas não amou uma única, e nenhuma
decerto o amou...” Terá o sentimento que Celina nutria por este jovem aspirante
a médico outro nome que não amor? E será mesmo verdade que este jovem não amou
uma única mulher? Descubra a resposta em «A Emoção de Celina».
Por esta altura, o coração palpitará, sem
dúvida, descompassado com tantas emoções, mas terá de manter-se forte para
descobrir o fado de Matias. O cenário agridoce, vou chamar-lhe assim, mexe com
o espírito de quem vivencia esta história apaixonante entre Helena e Matias.
Inicialmente, reina o silêncio sepulcral, típico dos cemitérios, apenas interrompido
pelo piar duma coruja. Depois, com o desenrolar da trama, a morbidez tumular
vai desaparecendo para dar lugar a ambientes idílicos e refrescantes. É este
conto «Os Olhos de Helena» que o vai fazer implorar por um feitiço que
transforme a ficção em realidade, tal é o utopismo empregue.
Poderia romper o teclado com infinitas
apreciações sobre este «Amargo Amargar». Ou deixar no ar mais pistas sobre os
enredos de «A Angústia de Manuela» ou «O Casamento de Eulália» (distinguido com
o segundo prémio no 5º Concurso Literário da Papel D’Arroz), no entanto, esta é
uma leitura que peca por tardia; não me parece justo privar os leitores desta
obra maravilhosa com mais delongas.»
(Excerto do Prefácio de Suzete Fraga)
Amargo Amargar. Eis a trajectória de seis
mulheres...
Mulheres que amam. Mulheres que sofrem.
Mulheres que amargam amargamente o cálice do
sofrimento.
AMARGO AMARGAR
Autor: Isidro Sousa
Edições Sui Generis
ISBN: 978-989-8856-08-1
Depósito Legal: 418611/16
Páginas: 170 páginas
PVP: 14,90 euros
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