24 maio, 2016

COMUNICADO DA AUTORA SUZETE FRAGA

Comunicação que Suzete Fraga, vencedora do 6º Concurso Literário da Papel D'Arroz Editora e uma autora sempre presente nos projectos Sui Generis, acaba de divulgar nas redes sociais...

COMUNICADO DE SUZETE FRAGA

Confesso-me comovida com a lábia desta senhora. Pergunto-me se teve aulas de hipocrisia e cinismo desde tenra idade. Se as teve, superou o mestre, seguramente.
Ponderei muito... quem me conhece sabe o quanto repudio “peixeiradas”, mas é como diz o ditado: «Quem não se sente não é filho de boa gente».
Escusa de pôr auréola, asas de anjo ou tomar banhinhos de água benta. É ridículo o seu efeito tão fugaz! Dá dó o nível de idiotice com que nos julga, chego a ter vontade de lhe enviar uma palete inteira de espelhos.
Como se atreve a mandar indiretas? Tenha a decência de mostrar as presas de cobra venenosa uma vez na vida! Ousa escrever que o prémio «... deverá ser acarinhado por quem o recebe, uma prioridade na sua carreira literária». Já parou para pensar nos motivos que levam três vencedores a renunciar a tão “fantástico prémio” – a edição de um livro? Podia falar da falta de respeito – não lhe dou a definição porque precisaria de uns cem anos para começar (só começar) a perceber minimamente o significado de tal palavra; honestidade e seriedade a mesma coisa.
Que fique claro: não me deve nada... por enquanto.
Eu renunciei ao prémio a que tinha direito. Não o quero!
Demorou meses – repito: meses!!! – a enviar o regulamento do prémio. Fê-lo apenas quando sentiu as minhas participações em queda. Alegou esquecimento. Eu pergunto: não terá sido uma vingança por ter manifestado desagrado com aquela capa foleira de «Boas Festas», aquela que parecia papel de embrulho infantil? Eu acho que foi. Até ofereceu estalos... indiretamente como sempre.
Relembro que o vencedor do concurso «O Poder do Vício» foi anunciado no início de novembro, salvo erro. No dia 23 de março, milagrosamente, cobriu-se de água benta e lá se dignou a desempenhar o papel que lhe competia, quatro meses depois, curiosamente uma semana após eu decidir lançar-me por conta própria. Porque trabalhar com gente falsa, de baixo nível, sem carácter mata-me a inspiração. Retira-me todo o gozo que a escrita sempre me proporcionou! Nisso, admito que é poderosa. Tiro-lhe o chapéu por isso. Quase conseguiu aniquilar o meu sonho. Quase!
Porém, há tantas editoras por aí, é só escolher.
E eu escolherei uma que seja competente e séria. Uma que não demore quatro meses a enviar um regulamento e um mês mais tarde, com uma desculpa esfarrapada, exige o manuscrito em quinze dias.
Jamais apressaria o meu “bebé” sob ameaça e jamais lho confiaria. Jamais!
Fique com o seu “prémio envenenado”!
E não diga «Parabéns a quem escreve e “se deixa ler”». Diga antes: parabéns a quem escreve e paga ao preço do ouro para não ser lido. Parabéns a nós que fazemos das tripas coração para ver umas páginas nossas no fundo de uma gaveta (capas foleiras têm esse efeito). Parabéns a nós que aprendemos a separar o “trigo do joio” e não nos deixamos abater por quem tanto se esforça por transformar sonhos em pesadelos.
Para mim, chega! De mim não leva nem mais um cêntimo.
Suzete Fraga

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