Isidro Sousa fotografado por Dado Goes em 16-07-2016 |
Completei, no mês de Agosto, um ano de
actividade enquanto antologista durante o qual organizei diversos projectos,
estando alguns já editados e outros a decorrer. Publicados: «A Bíblia dos
Pecadores – Do Génesis ao Apocalipse» (textos literários inspirados em
episódios bíblicos), «O Beijo do Vampiro» (contos vampirescos) e «Vendaval de
Emoções» (poesia sobre emoções). Em fase de produção e/ou edição: «Ninguém Leva
a Mal» (estórias carnavalescas), «Sexta-Feira 13» (contos assombrosos; mitos e
superstições), «Saloios & Caipiras» (contos, causos, lendas e poesias sobre
as ruralidades brasileira e portuguesa) e «Torrente de Paixões» (poesia
dedicada às paixões). A decorrer: «Os Vigaristas» (crónicas, poemas e contos do
vigário), «Devassos no Paraíso» (contos sensuais e eróticos), o segundo volume
de «A Bíblia dos Pecadores» com «Os Três Testamentos» (sendo o terceiro um
«Testamento Poético») e «Anjos & Demónios» (contos sobrenaturais). São obras
colectivas que – embora sejam editadas em Portugal, com o selo Sui Generis – registam,
desde os primórdios, uma forte presença de autores brasileiros. Organizei
ainda, além dos projectos Sui Generis, a antologia natalícia «Boas Festas» para
uma editora cujo nome não ouso... publicitar.
«A Bíblia dos Pecadores», cujo regulamento
tornei público no dia 9 de Agosto de 2015, foi a obra inaugural. Despertou
imenso interesse e bastante celeuma, não só pelo tema em si, forte e polémico, mas
também pela metodologia na sua divulgação; cartazes diários (diferentes) deveras
apelativos nas redes sociais, respostas imediatas às solicitações, acompanhamento
a autores que manifestaram algum tipo de dificuldade e lançamento de novos
autores no panorama literário. Houve poetas que, incentivados por mim, estrearam-se
(alguns deles viciaram-se) na prosa. E temos, também, outros autores que lançam
brevemente, através da Sui Generis, os seus primeiros livros: Suzete Fraga
(«Almas Feridas»), Rosa Marques («Mar em Mim») e eu... Isidro Sousa («Amargo
Amargar»). Três obras a solo cujos lançamentos serão simultâneos, em Lisboa.
Doze meses literários bem produtivos! Um ano
Sui Generis! Onze obras colectivas organizadas e os primeiros livros
individuais em vias de publicação. Um balanço muito positivo! Graças a Deus!
Mas nem tudo foram rosas. O trimestre inicial,
além de trabalhoso, revelou-se turbulento devido ao erro (gravíssimo) de ter
associado a antologia inaugural a um grupo editorial que não prima pela
transparência, cujos mentores, numa obsessão desvairada e ambição descarada
(somente) pelo dinheiro, pretendiam apoderar-se do mesmo. Não permiti que o meu
projecto fosse prejudicado ou deturpado! Não me deixei comer por lorpa! E muito
menos cair no conto do vigário! Não me deixei ludibriar com falinhas mansas, nem
intimidar. Resistindo a pressões e ameaças, recusei enviar os textos sem ter um
contrato assinado. Denunciei a situação aos autores participantes, e bati-lhes
com a porta na tromba. Defendi (sempre) o meu projecto com a garra de um leão! Não,
a mim ninguém me pisa! Logo após, instituí a marca Sui Generis, contactei outras
empresas e não tardei a descobrir a EuEdito... esta, sim!... uma editora crível,
honesta e transparente, que merece toda a credibilidade. Desde então, continuei
a minha jornada (evoluindo sempre) de cabeça erguida. Nem perseguições,
tentativas de sabotagem ao meu primeiro lançamento e de desmoralização pública
me fragilizaram. Só deixei de ser incomodado quando divulguei o regulamento de
«Os Vigaristas». Sim, é necessário firmeza e esta foi a melhor resposta! Embora
seja deveras trabalhoso (deixei de ter vida própria) e haja sempre altos e
baixos, tenho força de vontade; a minha persistência consegue contornar
barreiras e obstáculos que atrapalham o caminho, para levar nobres objectivos a
portos seguros.
Não fundei uma nova editora, como ponderei no
início, porém, associei a Colecção Sui Generis à EuEdito, a editora oficial dos
livros Sui Generis. Além de fornecer o suporte legal necessário à publicação dos
nossos livros, cuidar da impressão dos mesmos e promovê-los em diversas
plataformas (Amazon, por exemplo), a EuEdito permite-me autonomia total na
gestão dos projectos Sui Generis, sejam obras colectivas ou individuais, desde
a organização à comercialização. E prima pela qualidade dos livros que edita! É
uma parceria muito vantajosa, que tenciono manter.
A nível pessoal, escrevo desde a
adolescência. Embora tivesse fundado, editado e dirigido revistas e jornais entre
1996/2012, sonhava publicar o meu primeiro romance. Cessando a actividade de editar
publicações periódicas, deixei de publicar textos durante dois anos, razão pela
qual mergulhei de corpo e alma, em 2014, no universo literário. Até Julho de
2015, participei em vinte obras colectivas (Portugal e Brasil) e fui,
inclusive, classificado em 2º Lugar num concurso literário. Essa distinção e
consequente visibilidade aceleraram o desejo de editar livros, tornando o sonho
uma feliz realidade. Não só livros de minha autoria... também de (outros)
autores que conheço e admiro, em condições vantajosas e mais acessíveis em
relação às que são oferecidas pela maioria das editoras. Comecei, então, por
organizar antologias, que incluem (todas sem excepção) textos escritos por mim.
Após instituir a Sui Generis, em Dezembro de 2015, deixei de trabalhar nos call
centers e dediquei-me exclusivamente às obras literárias. Publiquei a primeira
em Fevereiro deste ano e ninguém ficou desiludido. Pelo contrário! Por alguma
razão, o segundo volume de «A Bíblia dos Pecadores» está a gerar boas
expectativas! A qualidade das Antologias Sui Generis é sobejamente conhecida! Desde
o rigor na selecção, organização e revisão dos textos (todos os textos são
revisados por mim... mesmo que o autor já tenha revisado, eu reviso sempre!),
capas belíssimas concebidas por designers profissionais, ao papel e acabamentos
dos livros, que são muito bons! Os livros Sui Generis não contêm erros
ortográficos, gralhas ou qualquer lixo visual, como vi tantas vezes noutras
obras em que participei; basta pegar num livro já editado e folheá-lo, para
comprovar.
Vários autores participam em projectos de
diversas editoras. Fazem bem! Mas há quem prefira as Antologias Sui Generis. Pela
qualidade que as mesmas apresentam. Pela minha transparência. Pelo rigor do meu
trabalho. Pela forte cumplicidade existente entre organizador e autores
antologiados. Entre outras razões. Há quem participe, pela primeira vez, numa
obra organizada por mim. E também aqueles cujos textos já são presença
constante em todos os nossos projectos.
É importante que os autores continuem a participar
em obras colectivas, mesmo que editem livros a solo. Não direi em todas que
apareçam. Seleccionem os temas que lhes interessam, e respectivas editoras. É
óbvio que recomendo as Antologias Sui Generis, cujos temas são atractivos e variados
(vejam no parágrafo inicial deste artigo), mas seleccionem sempre! Não
esqueçam: a maior riqueza de uma antologia reside na variedade dos seus
conteúdos, na diversidade dos seus textos, nos diferentes estilos,
sensibilidades e graus culturais com que os mesmos são redigidos; é isso o que
mais me fascina, pessoalmente, em obras colectivas. E como os leitores em geral
têm cada vez menos tempo para ler, ou para lerem textos longos, numa antologia existe
a possibilidade de lerem pequenas estórias (ou poemas) e conhecerem diferentes
autores em períodos de tempo mais curtos.
Mas lembrem-se: a editora que publica textos sem
os revisar, não se preocupa com a qualidade gráfica das capas, do papel e dos
acabamentos dos livros e não os promove, não beneficia ninguém. Editoras de
qualidade duvidosa não beneficiam qualquer autor! Só se beneficiam a si mesmas,
ou a quem as comanda, sugando o suor e sangue dos autores mais ingénuos ou
desprevenidos. E que credibilidade terá o autor antologiado em dezenas de obras
colectivas de péssima qualidade (textos com erros ortográficos, por exemplo) ou
lança o seu livro numa editora menos transparente que acabará por ignorá-lo
completamente, abandonando-o à própria sorte, após caçar-lhe os valores
estipulados no contrato? Se o autor quer desenvolver uma carreira literária,
deve preocupar-se, acima de tudo, com a qualidade! Não só no texto que escreve!
Também na obra em que participa e na escolha da editora a que se associa. Isso
é fundamental. Caso contrário, não passa da cepa torta.
Por outro lado, mantendo participações em
(boas) obras colectivas, o autor continua a trilhar o seu percurso; além de
enriquecer a biografia, obter maiores conhecimentos, conhecer e interagir com
outros autores, promove (sempre) o seu trabalho. Isso será útil mais tarde,
quando publicar um livro a solo (ou outro livro) porque vai criando contactos e
potenciais leitores que comprarão o seu livro. Sim, participar em antologias é
um bom investimento! Gera frutos, mais cedo ou mais tarde. Diz o ditado: a união
faz a força! Mesmo não recebendo valores monetários por participar numa
antologia, o autor ganha, seguramente, outros benefícios que lhe serão mais
proveitosos do que qualquer compensação financeira. Isso sucedeu comigo! Comecei
pelos projectos colectivos de várias editoras – e mantenho participações
pontuais. Hoje, estou a organizar. E a editar! O autor que se lança sozinho ou
não se envolve em projectos colectivos, dificilmente concretizará os objectivos
desejados – não é impossível, todavia, será mais árduo. O mesmo sucede com
aquele que conhece as denúncias de práticas irregulares e a qualidade duvidosa
de certas empresas e persiste em manter-se associado a essas editoras; cedo ou
tarde, acabará sendo prejudicado. Ou mesmo queimado.
Porque devem então (autores e leitores)
preferir a Sui Generis? Pelo tratamento personalizado que é dado aos nossos
livros e autores: textos relidos várias vezes, revisão minuciosa, paginação
cuidada, prefácios personalizados, capas profissionais, bom papel, impressão e
acabamentos com excelente qualidade, autores antologiados promovidos nas redes
sociais e outros meios ao nosso dispor e as suas biografias presentes em todas
as obras colectivas. Sim, existe essa preocupação! Além disso, nas sessões de
lançamento de cada antologia, convido sempre os autores presentes a falarem
sobre si e sobre o que escreveram; se um autor não estiver presente, eu mesmo
falo sobre ele. Porque conheço, realmente, os textos que selecciono e publico!
Os próprios autores, embora fisicamente ausentes, acabam por se sentir
presentes... o que é bom! Por outro lado, para obras individuais, temos um
pacote deveras vantajoso e atractivo, com todos os serviços incluídos, para se
apresentar um bom livro, e com orçamentos inferiores aos que as editoras geralmente
propõem. Sim, temos uma boa relação de preço-qualidade. Não obstante, livros individuais
que publicamos são (também) seleccionados. Porque, na Sui Generis, nem tudo o
que vem à rede é peixe!
Para finalizar: quem ainda não conhece obras
Sui Generis, preste atenção às nossas páginas e grupos no Facebook e aos
blogues “De Lírios” (pessoal) e “Edições Sui Generis”. Analisem o nosso
trabalho, verifiquem os procedimentos e questionem outros autores (se sentirem
essa necessidade) sobre o meu carácter e idoneidade antes de me abordarem ou
submeterem participações para alguma antologia – se dúvidas houver, nada
enviem, enquanto as mesmas não forem dissipadas.
Isidro Sousa
Edições Sui Generis
letras.suigeneris@gmail.com
Isidro Sousa fotografado por Dado Goes em 10-06-2016 |
Revista DIVULGA ESCRITOR Nº 22 |
Publiquei este texto na revista Divulga Escritor, Nº 22, de Outubro/Novembro 2016.
Nas páginas 15-17. Com duas fotografias do fotógrafo Dado Goes.
A revista encontra-se disponível neste link:
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