A MINHA PARTICIPAÇÃO NA ANTOLOGIA «PETS COMPANHIA» DA EDITORA ILLUMINARE, NO BRASIL

PETS COMPANHIA

Editora Illuminare

É com imenso prazer que vejo (pela segunda vez) o meu nome seleccionado para participar noutro projecto da Editora Illuminare, no Brasil. Desta vez, na antologia «Pets Companhia», dedicada aos animais e organizada pelo meu amigo António Guedes Alcoforado. Recordo que «Clímax» foi a primeira Antologia Illuminare (de contos eróticos) na qual participei, na Primavera de 2015, com o texto «O Feitiço de Júlio», organizada pela Rô Mierling. Gostei muito, não só do projecto em si, mas também da qualidade, rigor e profissionalismo da Rô Mierling em particular e de toda a equipa da Illuminare em geral, uma editora que recomendo vivamente a todos os autores que residam no Brasil.

Senti vontade de participar noutros projectos desta editora. Os temas são muito interessantes, e variados. Porém, desde que, em Agosto do ano passado, comecei – também eu – a organizar obras colectivas, deixei de ter disponibilidade para escrever. Organizar, coordenar e editar não é pêra doce... suga-me o tempo todo. Não obstante, faço questão de ter sempre presente um texto de minha autoria em cada uma das antologias que, eu mesmo, organizo, com o selo Sui Generis. Reservo-me esse pequeno prazer...

Ainda assim, procuro participar (pontualmente) nalgum outro projecto que considere pertinente. Fi-lo em finais de 2015, e vi o meu nome seleccionado para integrar a antologia «Obsessões» da Lua de Marfim – mas, posteriormente, a minha participação foi desconsiderada devido ao teor do texto; abordava um certo erotismo (bastante forte, reconheço) numa perspectiva homossexual. Foi-me dada uma oportunidade de o substituir por outro texto... é verdade! Mas não respondi. Se o tema ou o teor não era seleccionável, não fosse seleccionado na selecção inicial. Não é agora, aos 42 anos de idade e depois de dedicar 18 anos da minha vida a defender a causa gay, que vou tolerar qualquer tipo de tabu ou preconceito.

Participarei também, brevemente, se o meu texto for seleccionado, num projecto da Edições Vieira da Silva, uma editora de que gosto e recomendo, coordenado pela minha amiga (e colaboradora) Marcella Reis. O texto, à laia de carta, está escrito... narra a história de um poema, ou seja, descreve como consegui escrever o meu primeiro poema, que me fora solicitado, naquela época, por uma pessoa muito amada. E acreditem que é uma longa história! Escrever poesia ou textos poéticos, para mim, não é fácil; prefiro prosa...

Além disso, acompanhei sempre o arranque e percurso do António Alcoforado enquanto antologista. O tema da primeira antologia que ele organizou (sobre a corrupção) não me motivou à escrita; a disponibilidade também era pouca, ou quase nenhuma. Mas agora... sim! O texto (poético) que enviei para «Pets Companhia» não é inédito, em Portugal, e dei conhecimento disso ao António Alcoforado. No entanto, é considerado inédito no Brasil, porque nunca foi publicado nesse país. Ainda bem! A participação é pequena – somente um poema dedicado ao Juno – mas faço questão de a manter. Por um lado, pelo prazer de participar novamente num projecto da Illuminare. Por outro lado, torna-se público, desse modo, o apoio que sempre procurei dar a este meu amigo de Além-Mar, no que toca à organização de obras colectivas.

E não tenciono ficar por aqui. Se o tempo me permitir, enviarei outro texto (prosa) para a nova antologia que ele está, presentemente, a organizar: «Memórias de Um Bar». O tema agrada-me imenso... e tenho mil e uma estórias, ocorridas em bares, para narrar, ou não fosse eu um noctívago incorrigível. Só não submeterei a minha participação se não conseguir concluir esse texto atempadamente. Mas vou fazer todos os possíveis. Se Deus quiser! ;)