08 outubro, 2016

«NUM REINO SUI GENERIS» - TEXTO PUBLICADO NA REVISTA DIVULGA ESCRITOR Nº 22 | OUTUBRO 2016

Isidro Sousa fotografado por Dado Goes em 16-07-2016

Completei, no mês de Agosto, um ano de actividade enquanto antologista durante o qual organizei diversos projectos, estando alguns já editados e outros a decorrer. Publicados: «A Bíblia dos Pecadores – Do Génesis ao Apocalipse» (textos literários inspirados em episódios bíblicos), «O Beijo do Vampiro» (contos vampirescos) e «Vendaval de Emoções» (poesia sobre emoções). Em fase de produção e/ou edição: «Ninguém Leva a Mal» (estórias carnavalescas), «Sexta-Feira 13» (contos assombrosos; mitos e superstições), «Saloios & Caipiras» (contos, causos, lendas e poesias sobre as ruralidades brasileira e portuguesa) e «Torrente de Paixões» (poesia dedicada às paixões). A decorrer: «Os Vigaristas» (crónicas, poemas e contos do vigário), «Devassos no Paraíso» (contos sensuais e eróticos), o segundo volume de «A Bíblia dos Pecadores» com «Os Três Testamentos» (sendo o terceiro um «Testamento Poético») e «Anjos & Demónios» (contos sobrenaturais). São obras colectivas que – embora sejam editadas em Portugal, com o selo Sui Generis – registam, desde os primórdios, uma forte presença de autores brasileiros. Organizei ainda, além dos projectos Sui Generis, a antologia natalícia «Boas Festas» para uma editora cujo nome não ouso... publicitar.

«A Bíblia dos Pecadores», cujo regulamento tornei público no dia 9 de Agosto de 2015, foi a obra inaugural. Despertou imenso interesse e bastante celeuma, não só pelo tema em si, forte e polémico, mas também pela metodologia na sua divulgação; cartazes diários (diferentes) deveras apelativos nas redes sociais, respostas imediatas às solicitações, acompanhamento a autores que manifestaram algum tipo de dificuldade e lançamento de novos autores no panorama literário. Houve poetas que, incentivados por mim, estrearam-se (alguns deles viciaram-se) na prosa. E temos, também, outros autores que lançam brevemente, através da Sui Generis, os seus primeiros livros: Suzete Fraga («Almas Feridas»), Rosa Marques («Mar em Mim») e eu... Isidro Sousa («Amargo Amargar»). Três obras a solo cujos lançamentos serão simultâneos, em Lisboa.

Doze meses literários bem produtivos! Um ano Sui Generis! Onze obras colectivas organizadas e os primeiros livros individuais em vias de publicação. Um balanço muito positivo! Graças a Deus!

Mas nem tudo foram rosas. O trimestre inicial, além de trabalhoso, revelou-se turbulento devido ao erro (gravíssimo) de ter associado a antologia inaugural a um grupo editorial que não prima pela transparência, cujos mentores, numa obsessão desvairada e ambição descarada (somente) pelo dinheiro, pretendiam apoderar-se do mesmo. Não permiti que o meu projecto fosse prejudicado ou deturpado! Não me deixei comer por lorpa! E muito menos cair no conto do vigário! Não me deixei ludibriar com falinhas mansas, nem intimidar. Resistindo a pressões e ameaças, recusei enviar os textos sem ter um contrato assinado. Denunciei a situação aos autores participantes, e bati-lhes com a porta na tromba. Defendi (sempre) o meu projecto com a garra de um leão! Não, a mim ninguém me pisa! Logo após, instituí a marca Sui Generis, contactei outras empresas e não tardei a descobrir a EuEdito... esta, sim!... uma editora crível, honesta e transparente, que merece toda a credibilidade. Desde então, continuei a minha jornada (evoluindo sempre) de cabeça erguida. Nem perseguições, tentativas de sabotagem ao meu primeiro lançamento e de desmoralização pública me fragilizaram. Só deixei de ser incomodado quando divulguei o regulamento de «Os Vigaristas». Sim, é necessário firmeza e esta foi a melhor resposta! Embora seja deveras trabalhoso (deixei de ter vida própria) e haja sempre altos e baixos, tenho força de vontade; a minha persistência consegue contornar barreiras e obstáculos que atrapalham o caminho, para levar nobres objectivos a portos seguros.

Não fundei uma nova editora, como ponderei no início, porém, associei a Colecção Sui Generis à EuEdito, a editora oficial dos livros Sui Generis. Além de fornecer o suporte legal necessário à publicação dos nossos livros, cuidar da impressão dos mesmos e promovê-los em diversas plataformas (Amazon, por exemplo), a EuEdito permite-me autonomia total na gestão dos projectos Sui Generis, sejam obras colectivas ou individuais, desde a organização à comercialização. E prima pela qualidade dos livros que edita! É uma parceria muito vantajosa, que tenciono manter.

A nível pessoal, escrevo desde a adolescência. Embora tivesse fundado, editado e dirigido revistas e jornais entre 1996/2012, sonhava publicar o meu primeiro romance. Cessando a actividade de editar publicações periódicas, deixei de publicar textos durante dois anos, razão pela qual mergulhei de corpo e alma, em 2014, no universo literário. Até Julho de 2015, participei em vinte obras colectivas (Portugal e Brasil) e fui, inclusive, classificado em 2º Lugar num concurso literário. Essa distinção e consequente visibilidade aceleraram o desejo de editar livros, tornando o sonho uma feliz realidade. Não só livros de minha autoria... também de (outros) autores que conheço e admiro, em condições vantajosas e mais acessíveis em relação às que são oferecidas pela maioria das editoras. Comecei, então, por organizar antologias, que incluem (todas sem excepção) textos escritos por mim. Após instituir a Sui Generis, em Dezembro de 2015, deixei de trabalhar nos call centers e dediquei-me exclusivamente às obras literárias. Publiquei a primeira em Fevereiro deste ano e ninguém ficou desiludido. Pelo contrário! Por alguma razão, o segundo volume de «A Bíblia dos Pecadores» está a gerar boas expectativas! A qualidade das Antologias Sui Generis é sobejamente conhecida! Desde o rigor na selecção, organização e revisão dos textos (todos os textos são revisados por mim... mesmo que o autor já tenha revisado, eu reviso sempre!), capas belíssimas concebidas por designers profissionais, ao papel e acabamentos dos livros, que são muito bons! Os livros Sui Generis não contêm erros ortográficos, gralhas ou qualquer lixo visual, como vi tantas vezes noutras obras em que participei; basta pegar num livro já editado e folheá-lo, para comprovar.

Vários autores participam em projectos de diversas editoras. Fazem bem! Mas há quem prefira as Antologias Sui Generis. Pela qualidade que as mesmas apresentam. Pela minha transparência. Pelo rigor do meu trabalho. Pela forte cumplicidade existente entre organizador e autores antologiados. Entre outras razões. Há quem participe, pela primeira vez, numa obra organizada por mim. E também aqueles cujos textos já são presença constante em todos os nossos projectos.

É importante que os autores continuem a participar em obras colectivas, mesmo que editem livros a solo. Não direi em todas que apareçam. Seleccionem os temas que lhes interessam, e respectivas editoras. É óbvio que recomendo as Antologias Sui Generis, cujos temas são atractivos e variados (vejam no parágrafo inicial deste artigo), mas seleccionem sempre! Não esqueçam: a maior riqueza de uma antologia reside na variedade dos seus conteúdos, na diversidade dos seus textos, nos diferentes estilos, sensibilidades e graus culturais com que os mesmos são redigidos; é isso o que mais me fascina, pessoalmente, em obras colectivas. E como os leitores em geral têm cada vez menos tempo para ler, ou para lerem textos longos, numa antologia existe a possibilidade de lerem pequenas estórias (ou poemas) e conhecerem diferentes autores em períodos de tempo mais curtos.

Mas lembrem-se: a editora que publica textos sem os revisar, não se preocupa com a qualidade gráfica das capas, do papel e dos acabamentos dos livros e não os promove, não beneficia ninguém. Editoras de qualidade duvidosa não beneficiam qualquer autor! Só se beneficiam a si mesmas, ou a quem as comanda, sugando o suor e sangue dos autores mais ingénuos ou desprevenidos. E que credibilidade terá o autor antologiado em dezenas de obras colectivas de péssima qualidade (textos com erros ortográficos, por exemplo) ou lança o seu livro numa editora menos transparente que acabará por ignorá-lo completamente, abandonando-o à própria sorte, após caçar-lhe os valores estipulados no contrato? Se o autor quer desenvolver uma carreira literária, deve preocupar-se, acima de tudo, com a qualidade! Não só no texto que escreve! Também na obra em que participa e na escolha da editora a que se associa. Isso é fundamental. Caso contrário, não passa da cepa torta.

Por outro lado, mantendo participações em (boas) obras colectivas, o autor continua a trilhar o seu percurso; além de enriquecer a biografia, obter maiores conhecimentos, conhecer e interagir com outros autores, promove (sempre) o seu trabalho. Isso será útil mais tarde, quando publicar um livro a solo (ou outro livro) porque vai criando contactos e potenciais leitores que comprarão o seu livro. Sim, participar em antologias é um bom investimento! Gera frutos, mais cedo ou mais tarde. Diz o ditado: a união faz a força! Mesmo não recebendo valores monetários por participar numa antologia, o autor ganha, seguramente, outros benefícios que lhe serão mais proveitosos do que qualquer compensação financeira. Isso sucedeu comigo! Comecei pelos projectos colectivos de várias editoras – e mantenho participações pontuais. Hoje, estou a organizar. E a editar! O autor que se lança sozinho ou não se envolve em projectos colectivos, dificilmente concretizará os objectivos desejados – não é impossível, todavia, será mais árduo. O mesmo sucede com aquele que conhece as denúncias de práticas irregulares e a qualidade duvidosa de certas empresas e persiste em manter-se associado a essas editoras; cedo ou tarde, acabará sendo prejudicado. Ou mesmo queimado.

Porque devem então (autores e leitores) preferir a Sui Generis? Pelo tratamento personalizado que é dado aos nossos livros e autores: textos relidos várias vezes, revisão minuciosa, paginação cuidada, prefácios personalizados, capas profissionais, bom papel, impressão e acabamentos com excelente qualidade, autores antologiados promovidos nas redes sociais e outros meios ao nosso dispor e as suas biografias presentes em todas as obras colectivas. Sim, existe essa preocupação! Além disso, nas sessões de lançamento de cada antologia, convido sempre os autores presentes a falarem sobre si e sobre o que escreveram; se um autor não estiver presente, eu mesmo falo sobre ele. Porque conheço, realmente, os textos que selecciono e publico! Os próprios autores, embora fisicamente ausentes, acabam por se sentir presentes... o que é bom! Por outro lado, para obras individuais, temos um pacote deveras vantajoso e atractivo, com todos os serviços incluídos, para se apresentar um bom livro, e com orçamentos inferiores aos que as editoras geralmente propõem. Sim, temos uma boa relação de preço-qualidade. Não obstante, livros individuais que publicamos são (também) seleccionados. Porque, na Sui Generis, nem tudo o que vem à rede é peixe!

Para finalizar: quem ainda não conhece obras Sui Generis, preste atenção às nossas páginas e grupos no Facebook e aos blogues “De Lírios” (pessoal) e “Edições Sui Generis”. Analisem o nosso trabalho, verifiquem os procedimentos e questionem outros autores (se sentirem essa necessidade) sobre o meu carácter e idoneidade antes de me abordarem ou submeterem participações para alguma antologia – se dúvidas houver, nada enviem, enquanto as mesmas não forem dissipadas.

Isidro Sousa

Edições Sui Generis
letras.suigeneris@gmail.com


Isidro Sousa fotografado por Dado Goes em 10-06-2016

Revista DIVULGA ESCRITOR Nº 22


Publiquei este texto na revista Divulga Escritor, Nº 22, de Outubro/Novembro 2016.
Nas páginas 15-17. Com duas fotografias do fotógrafo Dado Goes.

A revista encontra-se disponível neste link:


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