18 setembro, 2015

«NOSTALGIA NO SEU MELHOR...»



As emoções que uma fotografia proporciona! O poder que tem uma simples imagem! Perdoem-me os outros amigos: escrevo este post especialmente aos meus amigos de infância e adolescência que não vejo há quase vinte e cinco anos...


Como já é do vosso conhecimento, enviei a foto da entrada da «nossa» escola, a (antiga) Escola Secundária de Moimenta da Beira, entretanto demolida, à professora Ondina Freixo. Ela teve a gentileza de a partilhar na sua página e as reacções não tardaram a surgir... Vocês sabem tão bem quanto eu! Manifestações de saudade, fortes emoções… (Mais uma vez lhe agradeço, professora!). Atrevo-me a transcrever algumas frases: «Escola como esta não há...», «Ainda só sonhava vir a estudar nesta escola, já a frequentava como ninguém...», «Momentos da nossa infância que jamais serão esquecidos...», «Melhor escola que esta nunca vai haver... Tinha magia e mística em cada canto e em cada esquina...», «Na minha memória perdurará para sempre um local encantado... que já não existe...», «Todo o ambiente dessa Escola era muito diferente dos dias de hoje. A cumplicidade entre alunos e professores perdeu-se um pouco... Mas estas memórias ajudam-nos a entender que todos tivemos uma esplêndida Juventude…», «Imensas recordações dessa entrada…», «Nostalgia no seu melhor...» (Desculpa, Pedro: faço desta frase título do texto).



Consequentemente, os reencontros através do Facebook. Imensos, prazenteiros, calorosos! Os pedidos de amizade, as conversas em chat privado, o «cuscar» páginas de uns e blogues de outros, até chamadas telefónicas... Nas últimas 24/48 horas, outra coisa não fiz senão matar saudades, reviver o passado, conversar, conversar, conversar... mal consegui cumprir as obrigações a que me propus! E o desafio que me lançam, o novo desafio... Sim, contem com isso, mas haja paciência. Será um prazer... uma honra! Aquela biblioteca espera por mim, chama por mim... eu era o «ratinho» que deslizava e revirava as suas velhas estantes. A Senhora Dona Isabel (minha querida amiga de toda uma vida) que o diga...

Mas permitam falar-lhes sobre a minha vida nestes longos anos de ausência. Um resumo. Desapareci de Moimenta da Beira logo após concluir o 12º ano. Muitos lembrar-se-ão que trabalhei, no Verão de 1991, nas bombas de gasolina do Sr. Albertinho (ainda vive?). No Verão seguinte, fiz uma formação (para Monitor de Informática) em Lisboa, nos Pupilos do Exército. Dei aulas no Centro InforJovem (na Casa das Guedes) de Moimenta da Beira, durante o estágio. Em 1993 mudei-me para Lamego (um ano no Solar do Espírito Santo, junto à escadaria dos Remédios) e em meados de 1994 abalei para o Porto. Vivi durante quatro anos na Cidade Invicta; trabalhei no Aeroporto de Pedras Rubras (hotelaria), no Continente da Senhora da Hora (hotelaria), no Banco Português do Atlântico (informática) e em 1996 fundei e desenvolvi o primeiro projecto editorial (jornalismo)... uma revista trimestral que durou 12 anos e fez-me percorrer as principais cidades do País: Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Setúbal, Faro, Albufeira, Vilamoura, Lagos, Portimão, etc. Viajava em trabalho, mas passei momentos maravilhosos em todas as cidades. Pelo meio, temporadas em Barcelona e na Madeira. Mudei-me para Lisboa em Junho de 1998, mal a Expo’98 foi inaugurada, onde resido até hoje. Na Capital, estabilizei – dificilmente sairei de cá. Adoro Lisboa! Trabalhei na redacção de uma editora, dirigi também um jornal, colaborei com diversas publicações e publiquei uma antologia (em 2001, com o patrocínio da Câmara de Lisboa). A partir de 2006 a vida já não correu tão bem, mas resisti… tive de recorrer aos call centers (trabalhos paralelos)... a crise toca a todos! Desde então, tornei-me no parturiente e coveiro de vários projectos editoriais. Em 2012, parei. Mantive-me só no call center da Zon (hoje, estou na EDP). As letras (o velho sonho literário, desde miúdo) adormeceram, porém, jamais seriam olvidadas. Desmotivado (sem perspectivas à vista), deixei-as hibernar...

Até que, no início de 2014 (ano passado), uma editora do grupo Múltiplas Histórias fez-me mergulhar no universo literário. Neste último ano, registei duas dezenas de participações em colectâneas e antologias de diversas editoras (Portugal e Brasil) – alguns desses trabalhos estão no meu blogue ( http://isidelirios.blogspot.pt/ ), podem espreitar. Recentemente, fui distinguido com o 2º Prémio num concurso literário. Neste momento, estou a organizar uma grande antologia (já viram «A Bíblia dos Pecadores» a bombar nas redes sociais?) e vou publicar, finalmente, o meu primeiro romance (escrito há 15 anos). Se Deus quiser, ainda este ano! A data não está marcada, mas aponta-se para Dezembro... Há outros projectos em curso, que não posso divulgar por enquanto, só em Setembro.

Alonguei-me demasiado (desculpem, sou muito palavroso), mas creio ter saciado curiosidades. Para não ter de repetir constantemente, em conversas privadas. Falaram-me em voltar à terra, em organizar-se um encontro, uma jantarada, fazer a apresentação de uma obra... A professora Ondina (que também reencontrei recentemente) já me desafiou para «navear» na Serra da Nave... Oh, quem dera! Teria muito prazer... Seria uma alegria! Não obstante, ponho nessa verdadeira tentação uma montanha de reticências... Não por vocês, meus companheiros de liceu… que deixei para trás há tantos anos. Por causa de certas mentalidades mesquinhas, ignorantes, preconceituosas, mal-formadas, más, cujo único desejo é simplesmente... afastar-me, ou mesmo eliminar-me. Vi a morte à minha frente em duas ocasiões distintas. Da última vez... uma noite de Natal horrenda! A minha querida mãe (defendendo-me) quase foi esfaqueada no meu lugar, por aquele facalhão de matanças. Implorou-me que partisse, para me salvar. Desde então, raras vezes retornei às origens. As escassas vezes que isso aconteceu, eram viagens sorrateiras (visitas de médico) quando sentia o perigo distante; ainda assim, chegava numa tarde, vinha embora na manhã seguinte. Durante nove longos anos consecutivos não voltei à terra. Não vi a minha própria mãe e o meu irmão (mais novo) durante quase uma década! Sabem o que é isso, meus amigos? Sermos forçados a privar-nos do convívio de quem mais amamos? Não... não sabem. É uma dor indizível, uma tristeza profunda. Poderei perdoar, mas jamais esquecerei. No entanto, tudo passou, tudo ultrapassei, a tudo sobrevivi. Não guardo traumas, nem rancores. Sou uma pessoa positiva, de bem com a Vida. Só lamento não ter acompanhado o crescimento desse irmão que tanto precisou do meu apoio – era um rapazinho de 14 ou 15 anos quando o deixei; era já um homem feito, de 31 anos, quando o reencontrei. (Perdoa-me, meu irmão! Tu sabes que continuas no meu coração.)

Regressei a Moimenta da Beira em 2012, um tanto descontraído, convicto de que águas turbulentas tivessem serenado, ou mesmo dissipado – puro engano! Em Janeiro, em Julho e (pela derradeira vez) em Setembro desse ano, para acompanhar o meu irmão ao hospital. Quase não reconheci a vila. Como desenvolveu! Os pomares em frente à escola transformados em urbanizações, as macieiras no centro da vila cedendo lugar à central de camionagem... até um auditório foi criado! Não obstante o progresso, vi poucas pessoas (inclusive, em Julho) e tive uma tremenda dificuldade em apanhar táxis após as 20h00. Da escola, só reencontrei o Nuno, a Sandra, o Vítor, a Anabela, o Pedro... Reencontros bastante agradáveis. Em Setembro, fui alertado: «Muito cuidado!». Várias pessoas me preveniram. A minha mãe até tremia. Na aldeia, não me largava um minuto sequer. Medo de mãe! Em casa, pedia ao meu irmão que me vigiasse, que me protegesse, que me defendesse de qualquer perigo. Posto isto, meus amigos... talvez possam compreender melhor o meu afastamento. Sim, temo pela vida. Não arriscarei uma estúpida sentença a partir desta para pior. No início, julguei que fosse exagero materno, excesso de zelo… mas quando outras pessoas começaram (também) a alertar-me, compreendi que o perigo era real... não era paranóia da minha mãe! E espreitava-me por todos os ângulos. Sei onde está o principal inimigo, mas há outros (cúmplices) que ignoro. Só sei que o perigo continua. E que esse regresso em 2012 fez recrudescer ódios de um modo mais intenso. O preconceito é o meu maior inimigo. A ausência é a minha maior segurança. Quanto mais longe, melhor... 

Hoje, lançaram-me um desafio: apresentar o meu romance algures na terra, talvez na biblioteca... Gostaria muito, acreditem. Seria um «presente» grandioso! Mas não o farei. Embora a minha orientação sexual não seja segredo para ninguém, os temas abordados (ainda que de um modo delicado e esclarecedor) recomendam-me prudência, cuidados redobrados. Não desejo incendiar brasas que estão lá a moer e remoer uma oportunidade sabe-se lá para quê... já bastam os incêndios florestais que tudo devoram, que tanto trabalho e aflição proporcionam. No entanto, a conversa matinal fez-me despertar... ao falarmos nas gémeas (não foi, Cristina?). Lembrei as primeiras histórias que comecei a narrar, na biblioteca de Moimenta, onde a minha veia literária despontou. Lembrei o drama protagonizado pelos gémeos (crianças), quais Moisés(es) atirados ao rio, inspirado nos contos populares que a minha avó contava. Lembrei também outras tramas (um policial ambientado numa escola inspirada na nossa escola), mas a trama dos gémeos (bem rural) é a principal – e tanto pode ser infantil/juvenil como para adultos. Durante a tarde, revisitei o baú e... reparem na fotografia que ilustra este post. Guardo tudo! Todos os rascunhos, todos os esboços, páginas rabiscadas à mão, folhas dactilografadas (sim, dactilografadas, lembram?)... tal como guardo as fotografias. Mal abrande o (actual) ritmo de trabalho, vou dedicar-me à recuperação dessas histórias. Tal como fiz há poucos meses: peguei no conto policial, dactilografado em três páginas, que apresentei num concurso lá na escola (numa semana cultural), e desenvolvi-o; a Pastelaria Studios seleccionou-o e incluiu-o na colectânea «Crime Sem Castigo» (18 páginas, segundo a editora) que será publicada em Setembro. Talvez faça uma compilação de todas as histórias da minha juventude... ou talvez me dedique somente à trama dos gémeos («O Pecado de Mariana»), visando um possível lançamento no local das minhas origens. A ideia agrada-me imenso. Entusiasma-me. Mesmo arriscando a vida, enfrentando o perigo. No próximo ano, quiçá...

Não me alongo mais. Resta acrescentar: este reencontro (virtual) com as origens está a ser verdadeiramente emocionante, prazenteiro, sem igual. Não só com colegas da escola, mas também com pessoas que de algum outro modo me conheceram (ou sabem quem sou) e me abordam – nalguns casos, as abordagens são minhas. Há nomes que reconheço mas não consigo identificar os rostos quando vou cuscar as suas páginas, os seus perfis. Há outros que não consigo reconhecer (ou recordar), mesmo tendo sido colegas de turma. Já sucedeu com o Vítor, em 2012, quando estive em Moimenta. Não lembrava dele, por mais que me esforçasse... só lembrei do seu rosto (já em Lisboa) ao observar as fotografias no álbum. Os anos voam, e não perdoam!

Fico muito feliz com as notícias de todos. Espero reencontrar mais amigos e amigas, colegas e professores, qualquer pessoa com quem tenha convivido durante a juventude. Graças ao Facebook, não será difícil... isto agora é bola de neve. Quanto a mim, estou sempre por aqui. A Internet e as redes sociais são uma das minhas principais ferramentas de trabalho. Irei dando notícias. Sigam também a minha página literária (clicar em «Gosto») e o blogue De Lírios, se desejarem. E qualquer abordagem... por favor, não hesitem! Estarei sempre disponível. E ansioso. Podem crer...

Beijos e abraços para todos!


***
Texto publicado no Facebook, em 18 de Agosto de 2015.

28 comentários:

  1. Embora não tenha sido sua colega, ou vizinha, ou conterrânea... li este texto com muito agrado. Como professora, classifico-o de Muito Bom!

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    1. Obrigado, Lucinda Maria. Foi um desabafo que me fez reviver muita coisa. É este reencontro (ainda que virtual) e o carinho que tenho recebido. Muitos amigos da infância, da adolescência... toda uma geração! Ninguém sabia de mim, da minha vida. Porque desapareci da minha terra, embora nunca me escondesse. Mas não por vontade própria. Eu queria voltar mais vezes. Tive de me remeter ao afastamento, à distância, como se fosse um exílio. Os meus colegas e amigos que lá ficaram merecem saber de mim...

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  2. ser isso tudo que a senhora disse e muito menos professor, classifico este texto por excelente...

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    1. Obrigado, António Carango. A intenção não foi mostrar se escrevo bem, ou menos bem. Não neste momento. O texto é simplesmente uma carta, um desabafo, um «desnudar-me», só evitei incorrecções ortográficas. Tanta coisa sobre mim que era ignorada! Nunca me expus tanto em público, nem sei o que me deu...

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    2. Não deixa de estar bem escrito... e de nos embalar pelo mesmo, sendo uma carta ou o que for... é algo que provoca a ler até ao fim, mesmo que o enredo seja tão tão particular... não deixa de ser envolvente... envolve até deixar aquela vontade de onde está mais para ler?!... a sensação que estava a começar a ler um livro... Eu adorei.

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    3. Muito mais havia para desvendar, muito fica por revelar. Como referi, é uma carta para dar notícias sobre alguém que desapareceu sem deixar rasto. Creio que disse o essencial. Reservo o resto para os personagens que vou criando nas minhas narrativas. Não gosto de autobiografias. Prefiro combinar ficção com realidade. Toda a minha vivência estará reflectida nalguns desses textos, ainda que de um modo ficcionada. Ou romanceada.

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  3. Estou contigo Isidro, hoje e sempre! tenho muito orgulho em ti e em ter sido tua professora!

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    1. Muito obrigado, professora. Nem imagina as lágrimas que já me fez chorar (tudo por causa daquela abençoada fotografia!)... Lágrimas de emoção. Lágrimas de felicidade. Saber que não fui esquecido. Saber que não sou ignorado. Saber que não sou mal-visto. Saber que sou bem-vindo... Nem imagina! E sim... vou fazer por isso! Hei-de ir um dia (se Deus permitir e o meu anjo da guarda continuar a proteger-me) «navear» consigo pela nossa Serra da Nave...

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    2. Um dia, se Deus quiser! Mas este ano já não...

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  4. Doces memórias, outras nem por isso. Todas elas contribuíram para ser um homem de garra, que sabe e luta pelo que quer. Dizem que a sorte protege os audazes, que assim seja, merece!

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    1. Nem tudo são rosas, Suzete Fraga. Os espinhos também existem. Mas eu soube lidar com os meus dramas. O sofrimento fortaleceu-me. Acabei por dar-lhe a volta e conseguir usá-lo em benefício próprio, julgo que a Suzete sabe disso. Apesar dos pesares, o balanço revela-se positivo. Se muito perdi no que toca aos afectos familiares, a Vida compensou-me de outro modo. Ou estará ainda a compensar-me...

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    2. Como costumo dizer: o que não nos mata torna-nos mais fortes.

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  5. Foi, sim :) Gostei muito deste teu texto, continuarei a acompanhar-te e um dia destes, quem sabe regressarás às origens, sem medos e receios. Estaremos todos à tua espera. bjinhos

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    1. Obrigado, Cristina. Olha nessa foto que ilustra o texto o que me fizeste ir desenterrar: montes de «tralha», preciosidades antigas... Ainda bem! Começo a delinear já (brevemente) os próximos passos. Beijinhos :)

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    2. Ainda bem mesmo! E isto não é tudo... São somente algumas folhas para a pose. Tive de as devolver ao sítio porque há tarefas prioritárias. Um passo de cada vez... sempre foi esta a minha filosofia.

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  6. Desejo-te muita sorte... regressa quando quiseres... tens sempre uma porta aberta. Bj

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    1. Obrigado, Rita Dias. Sabes que tu e a Florisa (as gémeas mais queridas da nossa geração) são daquelas amigas que jamais esqueci. A vossa mãe também... tanta saudade de conversar com ela! Manda-lhes cumprimentos. Beijinhos.

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  7. Só um ser humano grandioso como tu, Isidro, aborda as suas angústias desta forma! A vida traz-nos coisas menos boas mas tb nos ajuda a suportá-las e ultrapassá-las! Obrg amigo por partilhares connosco aquilo que foi e é a tua vida! Aguardamos os teus textos ansiosamente! Bijinho no coração

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    1. Sim, minha amiga, que seria da vida se fosse tudo um mar de rosas? Uma rotina chata, não é? A dor e o sofrimento, assim como as árduas batalhas pelos nossos sonhos, tal como o amor e a felicidade, são outros ingredientes que também temperam a vida. De um modo diferente, menos agradável... mas temperam. Que seria do manjar dos deuses sem uma boas pitadas de sal?

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  8. Isidro, é claro que tenho de manifestar-me. O meu silêncio, como disse, foi apenas porque não tinha lido o texto. É esplêndido, mas não me espanta, já o li antes. Não sou professora, mas se fosse, gostaria que fosse meu aluno. A sua prosa, e insisto na prosa, porque julgo ser por aí que melhor se revela, leva-nos com ela, provoca-nos a leitura até ao final, porque é envolvente e não o digo apenas por este texto, que como já foi dito, é excelente. Além disso gostei imenso da forma livre como descreveu os acontecimentos, sem se esconder atrás de nada. Por outro lado tem em si um elemento essencial, a humildade. Felicito-o por ser quem é e como é. Incito-o a que continue.

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    1. Obrigado, Isabel Martins. E sim: domino melhor a prosa, na qual me sinto como um peixe dentro de água. Mas a minha prosa, aquela prosa que sei cozinhar à minha maneira... não uma prosa qualquer! A poesia é esporádica, e recente... se sair, muito bem; se não sair, não perco o sono por isso. Mas este texto é simplesmente uma carta, um desabafo (como já referi), redigido no calor da emoção, sem qualquer pretensão literária.

      Tem razão: a humildade é (sempre foi) a minha maior riqueza. Todas as pessoas que me conhecem (quer no presente, quer no passado) sabem disso. Aquele rapazinho simples de 15, 16 anos não mudou a sua natureza ao longo dos anos. Só ganhou calo e amadureceu...

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    2. Continuarei sempre, até que as forças se esgotem ;)

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    3. As mãos, os dedos, as costas, a cabeça, os olhos... ;)

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